O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 DE ABRIL DE 2012

23

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

Ora, Sr. Deputado, o País sabe que, nesta altura, não estamos em condições de poder fazer nenhum alívio

no imposto sobre os produtos petrolíferos ou no IVA, porque, se estivéssemos em condições de o fazer, não

teríamos, justamente, aumentado esses impostos no Orçamento do Estado para 2012.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Bem nos lembramos!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Portanto, Sr. Deputado, o Governo vai acompanhar essa situação, garantindo

que o regulador…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ah! O regulador…

O Sr. Primeiro-Ministro: — … tem todos os meios para poder intervir nessa matéria, porque essa é a sua

função, não é a função do Governo, é a do regulador, e o Governo não intervirá, de forma a criar um desvio de

preços que venha, no futuro, a custar mais dinheiro, em impostos, aos portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, tem a palavra.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, por que é que tem sempre uma

referência em relação à questão do povo português, e nunca tem uma referência, encarando a possibilidade

de, por exemplo, ir buscar aos lucros fabulosos dos acionistas dessas empresas?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Quero aqui lembrar-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, que, desde a

liberalização do preço dos combustíveis, em que era, então, Primeiro-Ministro Santana Lopes e Ministro de

Estado Paulo Portas, a Galp mais do que quintuplicou os seus lucros anuais, ou seja, desde 2004, teve 1168

milhões de euros de lucro.

Então, no momento em que a nossa economia, particularmente as pequenas e médias empresas,

nomeadamente no plano do mercado interno, tanto precisam que os custos dos fatores de produção baixem,

os senhores não encaram uma medida que seja que vá ao encontro daquilo que, enquanto oposição,

afirmavam?! Quer que lhe cite? Diziam: «não vale a pena o Estado dizer que não podemos fazer nada (…),

que estamos a pagar os combustíveis mais caros, porque o petróleo está mais caro (…) isto é apenas parte da

verdade». Afinal, quando eram oposição, parecia que valia a pena fazer alguma coisa. Aliás, quem não se

lembra do ar olímpico com que o, então, Sr. Deputado Paulo Portas acusava e malhava, e bem, no Governo,

em relação à questão dos combustíveis, que está a levar ao sufoco das famílias, das empresas, da nossa

economia?!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Agora, não têm nenhuma proposta?! A resposta que têm é a de não

fazer nada?!

Sr. Primeiro-Ministro, o tal poema do poeta algarvio, António Aleixo, bem se confirma aqui, porque, de

facto, para a mentira ser segura, tem de ter alguma dose, algum conteúdo de verdade. Foi isso que o senhor

fez e que está a fazer agora, com esta política em relação aos combustíveis.

Páginas Relacionadas
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 96 40 Acima de tudo, esperamos que haja conclusões e
Pág.Página 40
Página 0041:
14 DE ABRIL DE 2012 41 absolutamente indesmentível em todo o País: esta lei não é o
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 96 42 Ou seja, o Governo impõe-nos aqui uma proposta
Pág.Página 42
Página 0043:
14 DE ABRIL DE 2012 43 O Sr. Mota Andrade (PS): — Em julho, o Secretário-Geral do P
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 96 44 O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Não é coere
Pág.Página 44
Página 0045:
14 DE ABRIL DE 2012 45 O País já não se revê no retrato feito por Júlio Dinis…
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 96 46 qualidade. Mais: é impedir os contribuintes de
Pág.Página 46
Página 0047:
14 DE ABRIL DE 2012 47 Sr. Deputado, promovi, em vários concelhos do distrito de Br
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 96 48 Sobre a votação na especialidade, creio que já
Pág.Página 48