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I SÉRIE — NÚMERO 97

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O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Termino, Sr. Presidente, perguntando se o Partido Socialista tem

intenção — e o seu discurso revelou que tem — e se está disponível para voltarmos a discutir as políticas de

desenvolvimento da economia e do emprego.

Registo também o tom — e vou terminar, Sr. Presidente — das jornadas parlamentares do Partido

Socialista, tom, esse, que gosto: moderado, equilibrado. Eu até tinha saudades daquele Partido Socialista que

dizia «Quando a luta aquece, mais força tem o PS». Estava preocupado, porque até há pouco tempo

estávamos a assistir a um PS que quando mais a luta aquece, mais se esconde o PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Qual luta?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Eu não queria que o PS se escondesse…

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — … mas que viesse à luta, que viesse à colaboração e que voltasse à

governação do País, porque é um partido fundamental e com o qual nós contamos.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino

Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Zorrinho, queria, em primeiro

lugar, cumprimentar a bancada do Partido Socialista pela realização das suas jornadas.

Ouvi a pergunta do Deputado Hélder Amaral, do CDS e, com tantas críticas aos benefícios que governos

anteriores, incluindo do Partido Socialista, deram à EDP e a outras empresas em matéria de energia, com

tanta crítica feita agora, devo dizer que estou esperançado de que é desta que vai haver um governo que

acabe com esses benefícios! Estou convencido de que, com esta intervenção, é isso que vai acontecer!

Fala-se muito de rendas excessivas — é uma realidade —, mas é preciso dizer de quem são essas rendas

e quem as paga. Essas rendas são dos acionistas da EDP e das outras empresas da área da energia e são

pagas pelo Orçamento do Estado e pelos consumidores, pela população portuguesa.

Vozes do PCP: — Exatamente!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — A resolução deste problema não pode ser a de transferir mais custos

para a população e para as pequenas empresas, para a economia, para aliviar o Orçamento do Estado. A

solução tem de ser a de diminuir os lucros dessas empresas, não de forma administrativa, mas essas

empresas têm de arcar com um peso maior do custo destas novas energias para que a população tenha uma

energia mais barata, para que a economia tenha acesso a energia mais barata.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Claro!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Senão estamos a fazer pagar, outra vez, os mesmos e, num cenário

em que temos uma economia a precisar de tanto incentivo e de tanto estímulo, os custos da energia elétrica, e

da energia em geral, são decisivos para aumentar, aí sim, a competitividade das empresas portuguesas,…

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — … e não os custos do trabalho. Aqui é que está um dos problemas

principais.

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