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I SÉRIE — NÚMERO 97

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desatualizadas porque não há investimento necessário, as linhas têm cada vez menos utentes e, depois,

assistimos à desculpa de que, como têm menos utentes, ficam caras e têm de ser encerradas.

Portanto, a opção que temos para a Linha do Douro, e que é verdade em tantas outras linhas do País, é a

seguinte: ou o processo de modernização vai para a frente — e, neste caso, estamos a falar de eletrificar 14

km entre Caíde e Marco de Canaveses —, há uma política de operação da Linha que vá ao encontro das

necessidades das populações, ou seja, a Linha é rentabilizada e tem as viagens suficientes, e, assim, estamos

a promover o crescimento económico e um transporte mais sustentado, ou deixamos cair o investimento, não

requalificando nem eletrificando a Linha, e sabemos que, daqui a algum tempo, o Governo vai dizer que quer

encerrar a Linha do Douro.

Encerrar a Linha do Douro não faz parte do Plano Estratégico dos Transportes e, portanto, o Governo deve

eletrificá-la e modernizá-la para que possa continuar a existir.

Como última nota, quero dizer que saudamos o Partido Socialista por ter trazido este tema aqui, hoje. No

entanto, não deixa de ser verdade que foi durante os governos do Partido Socialista que, no distrito do Porto,

houve uma queda de 95% no investimento, assim como foi um governo do Partido Socialista que parou a

eletrificação e a modernização da Linha. Acompanhamos a proposta do Partido Socialista, porque nos

interessa, acima de tudo, acompanhar a substância das propostas.

Consideramos também que não pode ser desculpa para o atual Governo as opções de anteriores

governos, porque essa é a diferença e o poder de quem está a governar: fazer agora aquilo que disse que

queria fazer.

Portanto, modernizar a Linha do Douro deve ser um imperativo para este Governo. Estranhamos que não

tenha sido feito antes, mas esperamos que agora possa, finalmente, avançar.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Adriano

Rafael Moreira.

O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Começo por felicitar o Bloco de

Esquerda pelo realce que fez relativamente à responsabilidade do Partido Socialista no problema que hoje

debatemos.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Srs. Deputados, o Partido Socialista optou para, sob a forma de

projeto de resolução, apresentar ao País e, em especial, às populações do Douro um pedido de desculpa. É,

no entanto, um pedido de desculpa que não o desresponsabiliza nem pode permitir falsas promessas. Aliás,

ficamos agora a aguardar que venham os próximos pedidos de desculpa relativamente às Linhas do Tâmega,

da Lousã, do Oeste, do Algarve, e por aí fora.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Seguir-se-ão, certamente, vários pedidos de desculpa.

Esse pedido de desculpa é tanto maior quanto, como muito bem foi referido pela Sr.ª Deputada do Bloco de

Esquerda, o Partido Socialista cancelou um concurso de eletrificação desta Linha e, em simultâneo, adjudicou

obras de acesso à terceira travessia do Tejo, sem projeto e sem sabermos se irá existir uma terceira travessia.

Isto é, havia dinheiro, mas houve uma total falta de critério e de prioridade.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Daí a necessidade de o Partido Socialista vir a esta Câmara

apresentar o pedido de desculpa.

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