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19 DE ABRIL DE 2012

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Por outro lado, no que toca a este tipo de serviços, estamos a falar de um serviço suburbano da CP Porto e

é óbvio que ninguém vai defender que os movimentos pendulares da cidade do Porto se fazem sobre a

freguesia de Caíde. É óbvio que eles se fazem sobre a cidade de Marco de Canaveses, é óbvio que os

serviços suburbanos da CP têm de continuar até Marco de Canaveses.

É conhecida uma orientação do anterior governo do PS no sentido da retirada deste serviço dos serviços

urbanos. Pois bem, o que temos a dizer é que também o pedido de desculpa do Partido Socialista peca por

defeito, porque vem antecipar o que já sabe que aconteceu, ou seja, que o atual Governo revogou essa

orientação, porque não correspondia à realidade. Como é óbvio, os transportes devem servir as populações e

os serviços suburbanos do Porto continuarão a assegurar os movimentos pendulares da cidade de Marco de

Canaveses em relação ao Porto.

Falemos da obra. Como muito bem concretizou o Bloco de Esquerda, não podemos continuar a defender,

como faz o Partido Socialista, que a propósito de qualquer obra se fale logo nos acessos rodoviários, nas

rotundas, nos jardins, num sem fim de obras que não se justificam e para as quais não há dinheiro.

Portanto, como muito bem disse o Bloco de Esquerda e o PSD defende, devemos fazer a eletrificação da

Linha e as obras instrumentais e complementares dessa eletrificação, nomeadamente telecomunicações e

sinalética, e deixar de fazer obras que não têm qualquer fundamento. Neste ponto, Srs. Deputados, devemos

abranger as próprias estações que não sejam necessárias, porque, como VV. Ex.as

sabem, grande parte das

últimas estações que o governo socialista fez estão hoje, felizmente, porque outro destino não lhes podia ser

dado, a ser utilizadas por juntas de freguesia, caso contrário, estavam ao abandono. Portanto, não é isso que

está em causa mas, sim, eletrificar a Linha.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua.

O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Eletrificar significa permitir que os comboios elétricos da CP Porto se deslocam entre a cidade do Porto e a

cidade de Marco de Canaveses — é isto que está em causa — e significa também, Sr. Presidente, para

concluir, a manutenção do serviço suburbano que assegura os transportes pendulares dos trabalhadores, dos

estudantes, enfim, da população em geral entre a cidade de Marco de Canaveses e a cidade do Porto.

Esta é a posição clara do PSD.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Vera

Rodrigues.

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: De facto, o exercício que o Partido

Socialista vem fazer hoje revela bem a sua natureza e o seu estilo, porque vir falar no projeto de requalificação

e de eletrificação do troço Caíde/Marco é, no mínimo, um exercício de falta de memória, é não ser capaz de

assumir as suas responsabilidades e agir como se o passado não tivesse existido!

É bom recordar — o que, aliás, já aqui foi feito, e bem — que foi no tempo do governo do Partido Socialista

que se cancelou o processo de eletrificação desta Linha, depois de ter sido promovida e prometida

publicamente a sua requalificação.

Não se trata aqui de um exercício de atribuição de culpas, mas de um exercício de memória. O Partido

Socialista que hoje fala em desenvolvimento sustentado no seu projeto de resolução é o mesmo que investiu

38% do seu orçamento de transportes na rodovia, é o mesmo que confinou a ferrovia ao megalómano projeto

do TGV, é o mesmo que lançava obras sem fazer contas e é o mesmo que hipotecou gerações futuras sem

lhes pedir autorização!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — Também importa lembrar que o momento que o País vive implica que

se façam ponderações em todos os investimentos que tenham a ver, nomeadamente, com a área dos

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