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I SÉRIE — NÚMERO 97

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transportes, tendo como baliza quer o Plano Estratégico dos Transportes quer, em última análise, o

cumprimento do Memorando de Entendimento assinado com a tróica.

A análise custo-benefício, a avaliação de alternativas, a ponderação dos interesses das populações e a

racionalidade dos investimentos são os vetores que devem presidir a qualquer tipo de opções que este

Governo venha a tomar.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — Da parte do CDS, quero dizer, muito claramente, que

compreendemos a inquietação das populações e que, por isso, procurámos obter junto do Governo toda a

informação sobre esta matéria. E não tivemos qualquer indicação que nos surpreendesse: há, de facto,

vontade do Governo de retomar, assim que seja exequível financeiramente, a eletrificação do troço hoje em

debate.

Ao contrário do que foi prática no passado, temos de falar verdade, custe o que custar!

Ao Partido Socialista e ao Bloco de Esquerda não posso deixar de dizer que, de facto, a rede ferroviária é

pública, mas tem sempre de ser analisada sob o ponto de vista da sua sustentabilidade para que seja

garantida a sua oferta também no longo prazo.

Também queria referir que, no caso desta ligação, a preocupação recente das populações tem a ver

sobretudo com o ajustamento que está a ocorrer nalgumas ligações diárias e não exatamente com a questão

da eletrificação das linhas.

Termino dizendo que este exercício não é compatível com os ímpetos de demagogia da parte do Partido

Socialista mas, sim, com exercícios de racionalidade e de diálogo entre as partes. Porque de manobras de

ocultação está o País saciado.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís

Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Adriano Rafael Moreira, de facto, o

Partido Socialista deve-nos muitos pedidos de desculpa, mas o PSD também deve muitos pedidos de

desculpa no que diz respeito ao encerramento de linhas férreas. Recordo que esta saga do encerramento das

linhas ferroviárias começou com os governos de Cavaco Silva. Portanto, repito, os portugueses também estão

a aguardar muitos pedidos de desculpa por parte do PSD.

Numa altura de crise económica e ambiental profundas, onde os transportes públicos, nomeadamente o

transporte ferroviário, deveria ser um pilar fundamental de uma estratégia para um desenvolvimento que

aliviasse a fatura energética, que promovesse o emprego e facilitasse a mobilidade das pessoas, este

Governo, como outros no passado, não está para aí virado.

A ferrovia, que deveria ser encarada como um sector estratégico para o desenvolvimento do País e para

combater as assimetrias regionais, acaba por ser objeto de uma constante cedência aos interesses declarados

do lobby rodoviário.

Estamos a falar de um retrocesso que está a ter impactos gravíssimos a todos os níveis, gerando

desemprego, dificultando a vida das pessoas, agravando as assimetrias regionais do País, e com custos

ambientais muitíssimo elevados.

Como se sabe, as emissões para a atmosfera de gases com efeito estufa, desde logo, o dióxido de

carbono, encontram no sector dos transportes um dos seus principais responsáveis. Por isso, é absolutamente

fundamental criar as condições para que as pessoas optem pelos transportes públicos, sobretudo pela

ferrovia.

Como se refere na exposição de motivos da iniciativa do Partido Socialista, «nas última décadas, tem-se

verificado uma perda crescente da importância do transporte público de passageiros». E nós estamos de

acordo, porque é verdade! Mas temos de lamentar o facto de o Partido Socialista apenas ter dado conta disso

agora, hoje! De facto, por inúmeras vezes, Os Verdes levantaram o problema, criticando as políticas dos

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