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I SÉRIE — NÚMERO 99

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Há outros projetos em discussão apresentados por outros partidos, mas é necessário explicar à população

que não podem ser aprovados.

O projeto do Partido Socialista é um projeto demagógico que apenas pretende desresponsabilizar-se pela

total responsabilidade que tem.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Não somente aqui, nesta Câmara, os Deputados do PS recusaram os factos históricos, que apenas a eles

responsabilizam, como, inclusive e expressamente, no texto dizem que a culpa foi da oposição, a culpa das

decisões do governo socialista foi da oposição!

Assim, o chumbo do projeto do Partido Socialista é a condenação, a responsabilização desse governo que

fez falsas promessas e que não cumpriu.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — O BE e o PCP, nos projetos que apresentam, são rigorosos nos

factos, mas, infelizmente, recusam a realidade atual e a necessidade de reenquadramento económico-

financeiro, sendo certo que todos os portugueses sabem que a obra não tem condições para começar amanhã

e daí que não haja condições para votá-los favoravelmente.

Sr. Presidente, concluo dando esta certeza à população da Trofa: com a aprovação, que irá acontecer, por

esta Câmara, do projeto de resolução apresentado em conjunto pelo PSD e pelo CDS-PP saem daqui com a

certeza de que o projeto do metro da Trofa será de imediato retomado.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Michael Seufert.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Gostaria de, em primeiro lugar, em

nome do Grupo Parlamentar do CDS, saudar os mais de 8000 peticionários aqui representados pelo Sr.

Henrique Cayolla, primeiro peticionário, e todos os trofenses, nomeadamente os autarcas que hoje aqui estão

para acompanhar esta discussão.

A construção do metro do Porto é um acontecimento que está desde cedo associado a uma grande

injustiça para com os habitantes da Trofa.

De facto, há mais de 10 anos foi retirada a linha de comboio que servia o centro da Trofa e as freguesias

do Muro e do Bougado e nunca se concretizou o metro prometido pelos sucessivos governos.

A isto não é alheio o facto de a Metro do Porto ter seguido um modelo de financiamento que é ruinoso. É

verdade que, em termos operacionais, a operação está mais ou menos equilibrada, mas o facto de o serviço

da dívida, no caso do Porto, estar a ser pago pela própria empresa é algo que não é muito fácil de ter a cargo,

não obstante os governos, nos últimos anos, terem transferido para o Porto cinco vezes menos do que, para a

mesma operação, para Lisboa. Mas, de facto, estas dificuldades são sentidas de uma forma particular pelos

habitantes da Trofa.

Em 2007, o governo socialista assinou um memorando com a Junta Metropolitana em que assumiu

explicitamente que iria avançar até janeiro de 2008 com um concurso para a linha entre o ISMAI e a Trofa,

concurso esse que não avançou.

Mais tarde, a 5 de setembro de 2009, a poucos dias das eleições, a Sr.ª Secretária de Estado do primeiro

governo de José Sócrates esteve na Trofa, presidiu a uma cerimónia, a uma festa, porventura, em que se

lançou o concurso para essa linha, que seria, nas palavras da Sr.ª Secretária de Estado à época, a correção

de uma dupla injustiça, sendo que a linha era para construir, era para construir já e era para construir em via

dupla. Foi o lançamento de um concurso, que agradou às populações.

Não obstante o CDS já na altura ter dito que seria muito difícil a sua concretização, a verdade é que na

altura estava a apresentar-se um concurso que não estava a ser lançado, pois a Metro do Porto estava ainda a

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