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I SÉRIE — NÚMERO 101

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O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Como sempre, Sr. Ministro, estamos prontos a esquecer o pontual e a ir ao fundo das questões. É isso que

o Governo está a fazer.

Por isso, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, pode contar com o apoio da bancada do PSD na

construção de um Portugal mais justo, mais sustentável e mais solidário.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — O Sr. Deputado João Semedo inscreveu-se para pedir

esclarecimentos, mas o Sr. Deputado Duarte Pacheco já não dispõe de tempo para responder, a menos que o

Bloco de Esquerda queira disponibilizar algum do seu tempo.

Pausa.

O Bloco de Esquerda informou a Mesa que cede 1 minuto do seu tempo ao PSD para o Sr. Deputado

Duarte Pacheco poder responder.

Tem, então, a palavra o Sr. Deputado João Semedo para pedir esclarecimentos.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, não é por ser médico, mas

percebi agora que os lapsos do Governo são como a epidemia da gripe: estão a passar do Governo para a

bancada do PSD e estão a contaminar. A sua intervenção está cheia de lapsos, pelo que queria dar-lhe

oportunidade de os corrigir.

Sr. Deputado, muito do que disse seria verdade se não houvesse duas pequenas contrariedades, e aí está

o seu lapso. É que a dívida pública está maior; não decresceu, aumentou! Pelo contrário, o produto e a

economia estão piores. Portanto, o problema que este plano de reajustamento nos coloca é exatamente este.

Diz o Sr. Deputado que é preciso discutir as funções do Estado. Não é preciso discutir função nenhuma,

porque já se percebeu que a política que o PSD tem para o Estado na economia é privatizar as empresas

públicas e acabar com o papel do Estado na economia. Então, pergunto-lhe: como é que a economia vai

crescer? Como sabe, o crédito às empresas nunca esteve tão baixo como está hoje; a dívida da banca ao

Banco Central Europeu nunca esteve tão alta como está hoje; e não há investimento privado. Então, o Sr.

Deputado acha que o Estado pode continuar a demitir-se de alavancar o desenvolvimento e o crescimento da

economia? Então, onde é que isto vai parar?!

Sr. Deputado, é a estas perguntas, é a estes pequenos lapsos que o Sr. Deputado tem de dar resposta.

Aplausos do BE.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Qual lapso?

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco,

que dispõe de 1 minuto gentilmente cedido pelo Bloco de Esquerda.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado João Semedo, muito obrigado pela questão

que colocou e pelo minuto que me cedeu para eu tentar dar-lhe uma resposta.

Sr. Deputado, em primeiro lugar, permita-me que lhe diga que fiquei preocupado. Eu podia ter cometido um

lapso — é humano e não teria problema em reconhecê-lo — mas, infelizmente para o País, não foi lapso. A

realidade é aquilo que é. O que temos de pensar, Sr. Deputado, é simplesmente isto: a evolução da despesa

mostrou, na última década, que não foi a fazer mais despesa que crescemos; ao fazer mais despesa só nos

endividámos e chegámos ao momento a que chegámos no ano passado, em que não havia financiamento