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I SÉRIE — NÚMERO 111

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O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Há pouco, quando o Sr. Deputado Viera da Silva subiu à tribuna para fazer

a intervenção que fez, ainda tive a expetativa de, uma vez que foi ministro dos dois anteriores governos e

sendo agora Deputado eleito pelo maior partido da oposição, que faz parte do arco do poder, que assinou o

Memorando de Entendimento, que foi o responsável pelo Estado em que o País ficou e em que este Governo

o herdou em junho do ano passado, pensei que o Sr. Ministro Vieira da Silva, ao falar do desemprego, vinha

dizer o seguinte: «O desemprego cresceu, temos um grave problema nacional, aqui estão as medidas que o

PS apresenta para combater o desemprego».

Vozes do CDS-PP: — Claro! Mas nem uma medida apontou!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Mas não! Grande desilusão, Sr. Deputado!

O discurso que o Sr. Deputado fez da tribuna, não sei se durante 5 ou 10 minutos, espremendo,

espremendo, espremendo, é como uma esponja cheia de água: nada fica! Medidas? Nenhuma!

O Sr. Deputado veio, sim, com dados estatísticos. Sr. Deputado Vieira da Silva, até 2011 o governo do

Partido Socialista negou que houvesse uma crise!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Não ouviu o Sr. Ministro!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — O governo do Partido Socialista disse «à boca cheia» que o País estava

em contraciclo, que tinha ultrapassado a recessão. Em 2009, ano de eleições, aumentou os funcionários

públicos em 3,5% e desceu o IVA!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Portanto, nas palavras do próprio Partido Socialista, dos seus líderes e do

governo de então, não havendo recessão e estando o País em contraciclo com o resto da Europa — pasme-

se! — de 2005 até 2010 o desemprego quase que duplicou em Portugal.

O Sr. João Pinho de Almeida (CSDS-PP): — Sim, quase que duplicou!

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Agora, explique-me este fenómeno! Para quem vem aqui dizer que, tendo

nós herdado o País que herdámos em junho, com uma crise recessiva em Portugal e fora de Portugal, na

Europa, com um Memorando de Entendimento assinado e negociado pelos senhores, que nos impunha

determinadas medidas de governação, vem agora o Sr. Deputado acusar-nos de essas medidas estarem a

causar o aumento do desemprego e a recessão.

Para terminar, diria somente que as centenas de milhares de desempregados que este País tem merecem

mais respeito e consideração do que esse tipo de retórica política. Aliás, é isso que este Governo está a fazer

ao tomar medidas concretas em vez de entrar neste tipo de discurso.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria das Mercês Soares.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs.

Deputados: A bancada do PS suscitou este debate de atualidade numa altura em que foram conhecidos os

mais recentes dados estatísticos sobre o desemprego.

O desemprego é o principal problema que temos em Portugal, pela sua dimensão humana, económica,

social e política, pois gera sofrimento e desânimo e atinge a sustentabilidade do Estado social, suportado,

fortemente, pelas contribuições do trabalho e das empresas; pela sua dimensão do presente e do futuro, pois

gera uma sociedade deprimida e sem esperança.

Perante um problema tão delicado e grave, só a verdade serve para o enfrentar. O Governo não esconde a

verdade aos portugueses,…

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