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24 DE MAIO DE 2012

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O Sr. Honório Novo (PCP): — … esta é a posição do PSD, do CDS e também do PS. Esta, Sr. Deputado

Nuno Magalhães, não é a postura do quadro europeu nem do arco europeu, esta é a postura do arco da

desgraça para o País e para o nosso povo!

Aplausos do PCP.

Esta é a posição do Partido Socialista, que não pode «sacudir a água do capote» com a apresentação de

adendas ao tratado orçamental, pois que a adenda que hoje querem fazer aqui votar mais as alterações — as

ridículas alterações — apresentadas hoje pelo PSD e pelo CDS são verdadeiros remendos que nada vão

alterar a um tratado orçamental já ratificado e que é um verdadeiro projeto de submissão e de limitação

inaceitável da soberania do nosso País!

Mas há, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, uma outra postura: a de rejeição do pacto orçamental com ou

sem remendos, com ou sem adendas, com ou sem as ridículas alterações do PSD e do CDS. A postura de

quem está disposto a dizer não às imposições externas e a lutar por uma via alternativa e diferente de

cooperação, por opções estratégicas alternativas…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Honório Novo (PCP): — … que defendam antes de mais a afirmação de Portugal, da sua

capacidade produtiva, da qualidade dos seus trabalhadores, do direito que eles têm a uma vida digna e com

direitos! Opções alternativas que defendam o equilíbrio das contas públicas através do crescimento da sua

economia, através das suas micro e pequenas empresas, através de um sistema financeiro e de uma

superestrutura económica colocada ao serviço do País e do povo e não ao serviço de interesses privados

nacionais ou estrangeiros!

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Por isso, votámos contra o pacto orçamental, como votaremos contra a

adenda proposta pelo PS, que apenas vem mitigar, fingir que altera o pacto orçamental, como votaremos

naturalmente contra as alterações ridículas propostas pelo PSD e pelo CDS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Honório Novo (PCP): — Votaremos em consciência lutando por uma alternativa credível para

Portugal e para os portugueses.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção pelo PS, tem a palavra o Sr. Deputado Vitalino Canas.

O Sr. Vitalino Canas (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Quando definiu o tema deste

agendamento potestativo, o Partido Socialista estava bem consciente do que se joga e do que se pode decidir,

neste e nos próximos dias, na Europa.

Pela primeira vez em muito tempo, estão criadas condições para que o Conselho Europeu informal de hoje

aborde de um modo franco e aberto questões que até há pouco tempo alguns consideravam supérfluas ou

inaceitáveis. Por essa razão é vital que Portugal se apresente com posições seguras e sem ambiguidades.

Enganam-se os que acham que estamos perante um episódio simplesmente conjuntural e que este tema

do crescimento e do emprego será suavemente varrido pelo vento, logo que o eco de certos atos eleitorais na

Europa se desvaneça.

Afirmando a necessidade de uma agenda europeia e interna para o crescimento e o emprego, o Partido

Socialista lutou contra a corrente. Agora, está bem acompanhado na Europa e no mundo.