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I SÉRIE — NÚMERO 114

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No entanto, a pergunta mantém-se como consequente: porque é que o Partido Socialista mantém esta

rota? Porque é que o Partido Socialista mantém este caminho, esta estratégia orçamental que não tem

estratégia nenhuma para o País?

O Sr. João Semedo (BE): — Boa pergunta!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Trata-se hoje, Sr. Deputado, de dar a terceira oportunidade à maioria e ao

Governo? É uma terceira oportunidade que os senhores querem dar à maioria?

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Concluo já, Sr. Presidente.

Os senhores continuam agarrados a esta ideia de que há uma austeridade boazinha, que é a vossa, aquela

que assinaram no Memorando de Entendimento, mas não faz sentido evocarem esta angústia pelo fracasso

destas políticas e ao mesmo tempo continuarem a falar-nos de uma austeridade que é boazinha e generosa.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Medina,

beneficiando de 1 minuto que lhe foi cedido pela bancada do CDS-PP.

O Sr. Fernando Medina (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Reis, o consenso político sobre a

execução do programa é, de facto, da maior importância, mas o consenso político não se constrói no vazio,

constrói-se no concreto com as opções que, em todos e em cada um dos momentos, fazemos face às

circunstâncias. Daí a importância que atribuímos no nosso projeto de resolução sobre o Documento de

Estratégia Orçamental a este aspeto, porque, se reparou, não se trata de uma rejeição deste ou de um

qualquer documento, trata-se da necessidade de o adequar àquilo que são hoje as características

fundamentais da situação portuguesa, em particular a situação do desemprego.

Aplausos do PS.

A intervenção do Sr. Deputado Adolfo Mesquita Nunes é muito clarificadora do debate que hoje aqui temos.

O Sr. Deputado tentou fazer a rábula com as antigas políticas que não funcionaram. Mas, Sr. Deputado, há

alguém na história que tenha, em menos de um ano de Governo, mais 100 000 desempregados do que

aqueles que esperava?!

Aplausos do PS.

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Vocês tiveram! A vossa taxa de desemprego foi sempre a

crescer!

O Sr. Fernando Medina (PS): — Sei que todos, nesta Câmara, estão preocupados, e assumem essa

preocupação, com o crescimento e com o emprego, mas temos divergências sobre a forma de o concretizar —

sim senhor, é exatamente isso!

O que dizemos é que, face a este resultado, temos de equacionar e fazer diferente, porque a condução da

política económica seguida — uma opção de ajuste radical, brutal, de travagem na política interna — não

conduziu, como era admitido que não conduziria, ao resultado que era esperado, pondo em risco a própria

obtenção dos resultados do Programa de Assistência Económica e Financeira e do seu objetivo principal, que

é o regresso aos mercados, algo que o Partido Socialista ambiciona.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, tem de terminar.

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