O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 114

28

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Num momento tão importante para o País, não vale a pena

sustentar as decisões numa mera agenda partidária, se calhar até só numa mera agenda de equilíbrios

partidários internos. Fazer consenso à quarta e não fazer à sexta não é servir o país, é servir interesses

próprios, interesses partidários e interesses de lideranças partidárias.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O País precisa, certamente, de uma maioria que não seja arrogante! O País precisa, certamente, de uma

maioria que tenha abertura, que saiba ouvir e que saiba aceitar! É isso que tem acontecido! Mas o País

também precisa de uma oposição que se concentre muito mais no País do que se concentra no seu próprio

partido.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos

Zorrinho.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Ministro,

vou dirigir-me particularmente a si. Neste debate sobre o Documento de Estratégia Orçamental, a

possibilidade de servirmos ou de não servirmos o nosso País depende sobretudo de si. O que nos une é o

interesse nacional, o que nos separa é o caminho escolhido para garantirmos a consolidação orçamental e o

estímulo ao crescimento e ao emprego.

Os senhores têm a legitimidade da maioria, mas ter a maioria não significa ter razão. Eu sublinho a

aproximação que quarta-feira foi feita às posições do Partido Socialista. É muito importante que isso tenha

acontecido, mas também é necessário que isso tenha consequências e sequência.

Aproveitamos o agendamento feito pela Mesa da Assembleia da República para reiterar algumas das

nossas propostas, propostas de método. Não é aceitável, Sr. Ministro, que o Documento de Estratégia

Orçamental seja enviado para Bruxelas sem, primeiro, ser enviado aos partidos da oposição e ao Parlamento.

É nessas alturas que o sentido do consenso, que o sentido do interesse nacional deve sempre prevalecer. Não

é aceitável que isso tenha acontecido, não é aceitável que isso volte a acontecer.

Também do ponto de vista institucional, nós consideramos que um tratado complementar facilita a vida

para resolvermos o problema português. Mas como a nossa proposta foi aprovada quarta-feira, vamos

entregar na Mesa uma proposta retirando o agendamento do ponto 3 do nosso diploma, dado que seria

redundante em relação à proposta feita.

Ficamos assim, Sr. Ministro, perante o ponto 2 do nosso projeto de resolução. E o que é que dizemos

nesse ponto? Dizemos que temos de olhar para o Documento de Estratégia Orçamental e reapreciá-lo à luz de

alguns fatores fundamentais.

Primeiro fator: o contexto macroeconómico geral e em Portugal mudou — os dados comprovam-no.

Segundo fator: o desemprego aumentou muito mais do que estava previsto — os dados comprovam-no.

Terceiro fator: estamos perante uma reavaliação do programa de acompanhamento económico e

financeiro. As suas conclusões não podem ser indiferentes à reavaliação do Documento de Estratégia

Orçamental.

Quarto fator: os senhores concordaram na quarta-feira que é preciso estimular o emprego, que é preciso

estimular o crescimento, que é preciso descongelar os fundos estruturais, pô-los ao serviço da economia.

Quinto fator: os senhores concordaram na quarta-feira que é preciso dar melhores condições de

financiamento às nossas empresas, facilitar o financiamento da economia, sobretudo o setor exportador.

Sexto fator: os senhores concordaram na quarta-feira que Portugal tem de fazer escolhas, e a qualificação,

a ciência, a tecnologia, são áreas de escolha fundamental para a nossa competitividade.

Diga-me, então, Sr. Ministro, com qual destas propostas é que não concorda. Qual delas é que impede que

a maioria viabilize estas recomendações?

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 114 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, temos quó
Pág.Página 2
Página 0003:
26 DE MAIO DE 2012 3 Hoje, está em causa mais um passo seguro neste caminho de muda
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 114 4 Tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco pa
Pág.Página 4
Página 0005:
26 DE MAIO DE 2012 5 Risos do PSD e do CDS-PP. O Sr. João Pinh
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 114 6 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Preside
Pág.Página 6
Página 0007:
26 DE MAIO DE 2012 7 são, justamente, resultado das políticas que têm sido implemen
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 114 8 cada vez mais global, o que pode levar ao cres
Pág.Página 8
Página 0009:
26 DE MAIO DE 2012 9 A Sr.ª Presidente: — Sr. Ministro de Estado e das Finan
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 114 10 A Sr.ª Presidente: — Para apresentar o projet
Pág.Página 10
Página 0011:
26 DE MAIO DE 2012 11 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Estas são as escolhas que e
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 114 12 É um facto que ainda faltam alguns meses e a
Pág.Página 12
Página 0013:
26 DE MAIO DE 2012 13 Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Foi com senti
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 114 14 e serviços transacionáveis; que o Governo, no
Pág.Página 14
Página 0015:
26 DE MAIO DE 2012 15 Protestos do PS. São planos socialistas
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 114 16 No entanto, a pergunta mantém-se como consequ
Pág.Página 16
Página 0017:
26 DE MAIO DE 2012 17 O Sr. Fernando Medina (PS): — Para terminar, Sr. Presidente,
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 114 18 Os portugueses sabem bem o que significam os
Pág.Página 18
Página 0019:
26 DE MAIO DE 2012 19 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 114 20 Creio ser também inegável a firme determinaçã
Pág.Página 20
Página 0021:
26 DE MAIO DE 2012 21 … embora nunca tenham explicitado, de forma clara, que caminh
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 114 22 O Sr. Honório Novo (PCP): — E eu sou o Pai Na
Pág.Página 22
Página 0023:
26 DE MAIO DE 2012 23 Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 114 24 Sr. Presidente, termino dizendo o seguinte: o
Pág.Página 24
Página 0025:
26 DE MAIO DE 2012 25 Porque é que só garante que aquilo que retirou às pessoas vai
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 114 26 adicionais de austeridade. É assim desde os P
Pág.Página 26
Página 0027:
26 DE MAIO DE 2012 27 O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … assumir as medidas
Pág.Página 27
Página 0029:
26 DE MAIO DE 2012 29 Nós queremos passar das palavras aos atos. Sublinhamos aquilo
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 114 30 Sem reformas estaríamos a condenar os portugu
Pág.Página 30
Página 0031:
26 DE MAIO DE 2012 31 Medina, como a receita fiscal tem efeitos importantes na sua
Pág.Página 31