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I SÉRIE — NÚMERO 117

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A mecânica, o formato e a tecnologia dos relógios estão sempre a evoluir e, para acertarmos a hora, é

indispensável acompanhar a evolução tecnológica, os novos desafios, as novas realidades que, a cada

momento, vão surgindo. É isto que os senhores não fazem.

Srs. Deputados, o futuro não se constrói a olhar só para o passado; do passado, só necessitamos dos

ensinamentos, e os senhores não tem aprendido o suficiente.

Mas a saudação que dirigi tem razão de ser. Este é um bom momento para avaliarmos o caminho

percorrido e percebermos quem estava mais próximo da razão. Continuamos a considerar que «deve ser

fundamental para o País e basilar para a ação do Governo e de todos os partidos políticos portugueses o

rápido restabelecimento da credibilidade, da respeitabilidade e da confiança de todos os nossos parceiros

internacionais», como, na altura, referi.

Srs. Deputados, passados pouco mais de 10 meses de governação, é indesmentível que o crédito, o

respeito e a confiança de que o País disfruta é substancialmente superior ao que acontecia há um ano atrás.

É claro que os portugueses estão confrontados com imensas dificuldades e sacrifícios e a situação do País

não é aquela que todos desejávamos, mas existem resultados que nos permitem a esperança.

Srs. Deputados, a situação de partida para a atual Legislatura era dramática e nunca o Governo e os

partidos que o apoiam esconderam que os portugueses não iriam ter a vida facilitada nos anos mais próximos.

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Muito bem!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Podemos afirmar que os portugueses compreenderam, e

compreendem, as dificuldades…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Então, não!…

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — … e têm vindo a dar a resposta positiva que tem surpreendido e

merecido o respeito das instâncias internacionais que mais de perto acompanham o processo de mudança do

País.

Srs. Deputados, aos mais diferentes níveis é reconhecido como meritório o desempenho e os resultados

que têm vindo a ser obtidos na aplicação do Programa de ajustamento, existindo a forte convicção de que

vamos cumprir as metas acordadas.

Basta referir que o quadro macroeconómico, no final de 2011, se situava em valores genericamente mais

positivos do que os inicialmente previstos e que, no corrente ano, não há razões para acreditar que as

previsões efetuadas, em sede orçamental, não venham a ser cumpridas.

Também ao nível das mais relevantes reformas estruturais está a ser respeitada a calendarização definida.

Srs. Deputados, podemos afirmar que os portugueses compreenderam, e compreendem, as dificuldades e

têm vindo a dar a resposta positiva que tem surpreendido os Srs. Deputados dos partidos da oposição.

Por sempre termos acreditado nos portugueses é que não alinhamos no discurso da derrota, do deixar cair

os braços, em suma, da renegociação pela incapacidade de cumprir.

Srs. Deputados, faz parte do código genético dos portugueses ultrapassar todos os cabos Bojadores, ir

além da Boa Esperança e descobrir o caminho, deixando para trás os Velhos do Restelo e os seus queixumes

e lamúrias.

É também o momento oportuno para os Srs. Deputados da oposição perceberem e colocarem a fasquia

para competirem para vencer e não para o País ser derrotado.

Lembro-me bem dos fantasmas que os senhores evocavam e que agora não têm muita coragem para

referir, de exemplos de outros países que não cumpririam integralmente as regras definidas e dos benefícios

que daí lhes poderiam advir.

Srs. Deputados, não me parece que, neste momento, os resultados obtidos pelas renegociações tenham

sido particularmente felizes.

Relembro a posição sensata e responsável do Partido Socialista, que considerava a renegociação da

dívida pública «uma proposta perigosa» e que «nos abre o caminho do incumprimento e nos põe na lista

negra».

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