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2 DE JUNHO DE 2012

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Vozes do PSD: — É verdade! Muito bem!

O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Ou ainda que «O caminho apresentado pelo Partido Comunista é um

caminho de irresponsabilidade e de populismo, que não podemos acompanhar».

Protestos do PCP.

Passado um ano sobre a assinatura do Memorando de Entendimento e passados 10 meses de Governo,

temos a certeza que estas afirmações continuam a ser válidas para o Partido Socialista.

Com o trabalho, a determinação e a participação dos portugueses não vamos renegociar, não vamos

desistir, vamos vencer.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Seguem-se, na lista de inscrições, os Srs. Deputados João Galamba, do PS, Vera

Rodrigues, do CDS-PP, Agostinho Lopes, do PCP, e Pedro Filipe Soares, do BE.

Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado João Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O PCP traz-nos aqui uma proposta

de renegociação da dívida que, na opinião do Partido Socialista, não serve, neste momento, os interesses de

Portugal.

Portugal tem de procurar uma solução negociada. E uma solução negociada na União Europeia, porque a

implicação da proposta de PCP seria, inevitavelmente, a saída da zona euro.

É que o Partido Comunista Português, sempre que é confrontado com propostas concretas de

transformação da arquitetura institucional da zona euro, que é, não tenhamos dúvidas, a única hipótese de

Portugal sair da situação em que está, resolver a crise atual e responder a alguns dos anseios do Partido

Comunista Português, o PCP, sistematicamente, «chumba-as» — «chumbou» as propostas do PS relativas ao

BCE, aos eurobonds… Rejeitou-as todas!

Na realidade, o que o PCP defende é uma posição que é impossível para Portugal, é uma posição

soberanista. E, se é soberanista, então, deveriam assumir as consequências da vossa proposta e, para além

daquilo que nos propõem aqui hoje, propor a saída da zona euro.

Ora, o Partido Socialista não pode acompanhar o PCP numa proposta que levaria Portugal a sair da zona

euro.

Protestos do PCP.

Dito isto, temos a direita, que insiste nesta «história da Carochinha», em que Portugal é tratado como uma

espécie de País honrado, em que os países têm de pagar as dívidas porque são uma espécie de chefes de

família, que têm de ser bem tratados e têm de tratar bem os seus vizinhos na comunidade aldeã onde ceifam

as searas no final da primavera, ou coisa que o valha…

Sr. Deputado Cristóvão Crespo, a dívida pública e os países não são famílias honradas.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Então, são aldrabões?!

O Sr. João Galamba (PS): — E Portugal não tem de recuperar o «respeitinho» dos outros países. Só

faltava, na sua intervenção, aquele azulejo que diz «Quem não é do Benfica não é bom pai de família», ou

coisa que o valha…

Risos do PS.

Sr. Deputado, Portugal não está na situação em que está porque foi desleixado ou desmazelado e, agora,

tem de expiar os seus pecados e, de alguma forma, recuperar o respeito dos seus vizinhos.

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