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8 DE JUNHO DE 2012

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Sr. Deputado, falou no programa dos pequenos-almoços escolares. Tem razão, é um programa importante,

como várias vezes aqui referimos. Aliás, tivemos o cuidado de interpelar o Governo várias vezes sobre a

matéria. Foi criado algum ruído à volta deste programa, mas parece-me que se fizéssemos um quadro mental

do que teria sido um igual programa criado no Governo anterior teríamos, provavelmente, o então Primeiro-

Ministro José Sócrates a oferecer pequenos-almoços nas escolas, as crianças a aparecerem nos tempos de

antena do Partido Socialista, porventura lancheiras a serem entregues, na Venezuela, ao Presidente

Chávez!…

O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. MichaelSeufert (CDS-PP): — Este Governo tem um modus operandi ligeiramente diferente: faz as

coisas com calma, com serenidade e sem foguetes nem foguetório.

Sr. Deputado, recordo que o programa começou com 80 escolas-piloto, quando a oposição nos reclamava

que devia começar em força e rapidamente em todo o País. Ora, com as 80 escolas-piloto constatou-se que,

como se trata de um programa novo, um programa diferente, é um programa que tem arestas a limar e que

agora se podem resolver. E temos a convicção de que no próximo ano letivo o programa será alargado a todo

o País sem os problemas iniciais.

Em todo o caso, Sr. Deputado, tenho de dizer-lhe que julgo que este programa tem de ir para além de se

dar o pequeno-almoço nas escolas, porque a escola não pode ser uma espécie de «casa dos pais — parte

dois». Se está a falhar o pequeno-almoço à mesa da família em casa temos de perceber porque é que isso

está a acontecer.

VozesdoPCPedoBE: — Porque será?!…

O Sr. MichaelSeufert (CDS-PP): — Deixem-me acabar! Sei que é muito difícil ouvir que há algum cuidado

nas políticas sociais, mas ainda assim vou terminar o raciocínio.

Como eu estava a dizer, temos de ter políticas sociais que não se limitem a dar o pequeno-almoço nas

escolas e que resolvam o problema subjacente das famílias. Temos de perceber qual é a questão familiar que

ali está em causa e oferecer ferramentas para que sejam os pais a dar o pequeno-almoço, porque o lugar das

crianças ao pequeno-almoço não é à mesa com os colegas na escola, é à mesa com os pais e com os irmãos,

na sua casa, no seu lar, com a sua família.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma declaração política, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula

Santos, do PCP.

A Sr.ª PaulaSantos (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: «Diminuir salários não é uma

política, é uma urgência» — esta foi a afirmação com que, com todo o descaramento e sem nenhum pudor,

António Borges, homem de mão do grande capital, indignou os trabalhadores e o povo português.

VozesdoPCP: — É verdade!

A Sr.ª PaulaSantos (PCP): — Mas quem é este António Borges? É o homem da Goldman Sachs, entidade

responsável pelo desastre económico em muitos países, nomeadamente pela manipulação das contas

públicas na Grécia;…

O Sr. BernardinoSoares (PCP): — É o próprio!

A Sr.ª PaulaSantos (PCP): — … foi um alto funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI); ocupa um

lugar no conselho de administração do Grupo Jerónimo Martins; e recentemente — pasme-se — foi convidado

pelo Governo português para acompanhar as privatizações, as parcerias público-privadas e o sector

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