O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8 DE JUNHO DE 2012

43

O Sr. BrunoDias (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª PaulaSantos (PCP): — O que este Governo está a promover é, de facto, a distribuição e o

alargamento da pobreza para quem trabalha no nosso País.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. JoãoPinhodeAlmeida (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Paula Santos, a Sr.ª Deputada

fez uma intervenção a propósito de declarações públicas do Dr. António Borges. Sobre isso, entendamo-nos e

sejamos muito claros: não concordamos com essas declarações, porque consideramos que quem as proferiu

não só não tem razão como não tem legitimidade. Isto que fique muito claro. Não concordamos que o caminho

seja o da redução de salários — nunca o defendemos nem o vamos defender. Se a redução de salários fosse

uma opção política, seria uma opção política errada.

O Sr. MiguelTiago (PCP): — Há bocado não tiveram a coragem de o dizer!

O Sr. JoãoPinhodeAlmeida (CDS-PP): — Porém, temos de centrar a discussão naquilo que é

importante. Temos custos de trabalho elevados, mas a culpa de os custos de trabalho em Portugal serem

elevados não é dos trabalhadores, não é sequer dos empregadores.

O Sr. MiguelTiago (PCP): — Está a gozar com as pessoas?!

O Sr. JoãoPinhodeAlmeida (CDS-PP): — A culpa de os custos de trabalho serem mais elevados em

Portugal é do Estado, que vai buscar, quer ao rendimento das empresas quer aos salários dos trabalhadores,

uma parte significativa do que produzem em impostos, que são muito mais altos do que deviam ser para que o

País conseguisse ser competitivo.

Por isso temos de ter noção de uma coisa: passado o tempo em que estamos sujeitos a este Programa,

que nos obriga a ter esta carga fiscal elevada, temos de encontrar um caminho de futuro, que não é o de

baixar salários. Era importante que os Srs. Deputados do Partido Comunista tivessem disponíveis para um

caminho de concertação a fim de encontrar um futuro e uma alternativa à situação em que vivemos, que

estivessem disponíveis para participar de uma concertação social em que os parceiros têm estado disponíveis.

A Sr.ª RitaRato (PCP): — Então e o aumento do salário mínimo?!

O Sr. JoãoPinhodeAlmeida (CDS-PP): — É porque as medidas que este Governo tem aprovado são

fruto de um acordo de concertação social envolvendo sindicatos, representantes dos trabalhadores e

associações representativas dos empregadores.

VozesdoCDS-PP: — Muito bem!

O Sr. JoãoPinhodeAlmeida (CDS-PP): — Portugal só sai do problema em que está se aumentar a sua

produção, se for capaz de produzir mais e de gerar mais empregos. Se o fizer, terá uma consequência

evidente: os salários não serão mais baixos, serão mais altos e a economia será mais competitiva. Esse é o

caminho que defendemos, é aquele em que acreditamos e que pensamos ser possível construir, na base de

uma concertação social serena, construtiva e produtiva.

Sabemos que, por tradição, o Partido Comunista não está disponível para participar nessa concertação,

mas era muito importante que estivesse.

Aplausos do CDS-PP.

Páginas Relacionadas
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 118 54 O Sr. JoãoSemedo (BE): — Sr. Presidente, Sr.
Pág.Página 54
Página 0055:
8 DE JUNHO DE 2012 55 O Sr. SecretáriodeEstadodoDesportoeJuventude (Alexandre Mestr
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 118 56 período transitório, até maio deste ano, 2012
Pág.Página 56
Página 0057:
8 DE JUNHO DE 2012 57 Diz o diploma dos ginásios que se aproveita para introduzir a
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 118 58 Uma das coisas de que as pessoas se queixam n
Pág.Página 58
Página 0059:
8 DE JUNHO DE 2012 59 regras relativas à emissão dos títulos profissionais e as reg
Pág.Página 59
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 118 60 Nacional para a Qualificação e o Ensino Profi
Pág.Página 60