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9 DE JUNHO DE 2012

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Há matérias que estamos a procurar desde já conhecer, como as que dizem respeito ao cômputo geral das

receitas obtidas pelo ICNB, desde a publicação da Portaria, e qual o destino que essas receitas têm tido.

Penso que é uma matéria extraordinariamente relevante para podermos analisar este processo legislativo.

Mas a questão não diz respeito única e exclusivamente aos valores, mas também à própria lógica destas taxas

e Os Verdes também estão a fazer esta avaliação para elaborar o seu projeto.

Entretanto, foram apresentados dois projetos de lei, um do CDS e outro do Bloco de Esquerda, que, tal

como nos foram apresentados, não iríamos votar a favor.

Em relação ao do Bloco de Esquerda porque referia a isenção apenas em relação aos parques nacionais e,

como só existe um em Portugal, não nos parecia correto. Entretanto, foi apresentada uma retificação que nos

permite, então, sim, apoiar este projeto, uma vez que a isenção é alargada a todas as áreas protegidas.

Em relação ao projeto do CDS, porque não houve qualquer retificação, o mesmo não colhe ainda o nosso

apoio, uma vez que em todos os pontos que apresenta parte sempre da lógica da necessidade de taxa.

O Sr. Paulo Sá (PCP): — É verdade!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — De acordo com a lógica que o Governo também já anunciou, quer

rever valores, não quer rever a lógica da aplicação dessas taxas.

O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Tal como a Quercus!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — A lógica do CDS é esta: há uma preocupação de massificação.

Se as pessoas pagarem, não se massifica; se as pessoas não pagarem, então, já se massifica,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — … como se a lógica da massificação estivesse no facto de as

pessoas pagarem e quanto. Ou seja, só pode massificar quem pode pagar. Esta é a lógica do CDS, o que de

resto, não surpreende porque esta é a lógica do CDS e da direita para tudo e mais alguma coisa…!

Srs. Deputados, a resposta que Os Verdes dão ao vosso projeto e a todos aqueles que apoiam o vosso

projeto é esta: aquilo que é fundamental é o que os senhores têm retirado às áreas protegidas, que é a

vigilância,…

O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — Se alguém tirou foi a Quercus!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — … fatores humanos e técnicos que permitam promover a

fiscalização e a vigilância nessas áreas protegidas. Quer os senhores acreditem quer não, a presença de

vigilantes nas áreas protegidas é a melhor forma de promover a fiscalização, a conservação e a preservação

dos valores naturais que lá se encerram. As pessoas devem ser potenciadas para ir às áreas protegidas de

uma forma regrada, e essa regra estabelece-se com uma fiscalização e uma vigilância adequadas. E os

vigilantes da natureza bem têm gritado no País, Sr. Deputado! Só que a maioria tem feito «orelhas mouca» e

não tem promovido qualquer iniciativa relativamente ao que se demonstra ser extraordinariamente relevante

para a conservação da natureza.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Os senhores não querem investir absolutamente nada, só querem pôr as pessoas a pagar tudo o que

consigam inventar!

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — A Mesa não regista mais pedidos de intervenção relativamente a

este ponto da ordem de trabalhos.

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