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I SÉRIE — NÚMERO 120

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Como afirmou João Cravinho, a austeridade é autodestrutiva, alimenta-se a si própria, numa espiral

incontrolável.

Aplausos do PS.

Não somos só nós a pensar assim. Bagão Félix nota que o «Estado está viciado na austeridade» e que ela

se dirige sempre aos mesmos e nada resolve.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

Protestos de Deputados do PSD.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Manuela Ferreira Leite denuncia que esta austeridade nada resolve,

intensificará a crise e só um modelo social diferente poderá ser a solução, em plena concordância com o

Secretário-Geral do PS, António José Seguro.

Não faltaram avisos. O Governo tem, pois, a obrigação de se concentrar no futuro, nas soluções, e

abandonar a estigmatização do passado, qual porto de abrigo, onde tem vindo a refugiar a incapacidade das

suas políticas. É tempo de aproveitar e não malbaratar a disponibilidade do PS, das oposições e dos parceiros

sociais para construir políticas de compromisso centradas nas pessoas, no crescimento económico e no

emprego.

Finalmente, o Governo não foi escolhido para se desculpar, mas para governar.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Não nos pode oferecer passado quando nos prometeu futuro!

Aplausos do PS.

O Governo fez-se eleger com a promessa de que havia um limite para os sacrifícios, mas, afinal, a esta

maioria foi sempre mais fácil dizer mal do que fazer bem.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados Luís Menezes, do

PSD, João Oliveira, do PCP, Luís Fazenda, do BE, e Hélder Amaral, do CDS-PP. O Sr. Deputado José

Junqueiro informou a Mesa de que pretende responder a grupos de dois pedidos de esclarecimento.

Em primeiro lugar, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Menezes.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado José Junqueiro, não sei bem como hei de

qualificar tudo aquilo que lhe ouvimos dizer da tribuna… Não sei… Mas optando por uma postura construtiva,

se calhar, começava por fazer uma análise da primeira parte do seu discurso.

Os senhores, durante seis anos, fizeram tudo bem! Os senhores não se enganaram em nada! Os senhores

fizeram tudo bem! Todas as apostas que fizeram correram bem! Todos os investimentos que fizeram correram

bem, menos um, que foi o de terem deixado o País ir à bancarrota!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O País foi à bancarrota, mas essa parte o senhor esqueceu-se de dizer, porque da tribuna só ouvimos que

no tempo do Partido Socialista foi tudo uma maravilha! Vamos ser realistas: os senhores tentaram fazer o

melhor que podiam; falharam e levaram o País a uma situação insustentável, de modo a termos uma

necessidade premente de pedir ajuda externa. Foi o que aconteceu, e foram os senhores que nos levaram a

esse caminho.