O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 121

20

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, tem a palavra.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, voltou a incorrer no erro de

considerar que o Governo é realista e que está a falar verdade. Isso é um problema de fundo, porque quando

não se admite a realidade e não se verifica o caráter profundamente errado, por opção própria, desta política,

naturalmente os problemas só se vão agravar. É porque a realidade do País, Sr. Primeiro-Ministro, é outra, e é

outra em resultado da ação do seu Governo, que há um ano governa o País. O seu Governo não está a criar

riqueza, Sr. Primeiro-Ministro,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — … está a endividar mais o País,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — … está a vender o seu património,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — … está a entregá-lo ao estrangeiro e a capitalistas nacionais. Não

venha dizer, Sr. Primeiro-Ministro, que está a criar riqueza!

É que este é um ano fatídico, diga-se, para o nosso País, para os trabalhadores e para o povo português. E

este ano é também fatídico em resultado da aplicação do que muito justamente temos definido como sendo

um pacto de agressão que os partidos que formam o Governo, juntamente com o PS, impuseram ao País.

Fala o Governo de sucesso. Mas trata-se, na realidade, de um falso e delirante sucesso, afirmado por um

governo que está completamente fora da realidade do País e cego face às consequências da sua política.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Hoje, um ano depois, é muito claro que o projeto deste Governo não é

o do desenvolvimento do País, mas o da exploração, do empobrecimento e do afundamento nacional.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Não invoque circunstâncias externas para fugir às suas próprias

responsabilidades e às suas próprias opções. É que este Governo tomou partido: tomou o partido do lado dos

poderosos, do capital financeiro, dos grupos económicos, contra quem menos tem e menos pode.

Há décadas que não tínhamos uma recessão económica tão profunda e devastadora de empresas de

produção e de emprego! Há décadas que o desemprego não assume uma dimensão tão avassaladora e tão

trágica para centenas de milhares de portugueses e suas famílias.

Hoje, milhões de portugueses enfrentam um acelerado processo de empobrecimento, em resultado da

diminuição do valor dos seus rendimentos, do aumento dos impostos, dos serviços e bens essenciais, e

muitos são lançados para situações de extrema pobreza!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Essa é que é a verdade!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Repare, Sr. Primeiro-Ministro, a falsa caridade ou, se quiser, até, a

solidariedade sincera de muitos portugueses em relação à pobreza deve levá-los a refletir no seguinte: como é

que essa solidariedade se desenvolve? Como é que se institucionaliza essa caridade? É que, no entanto, os

Páginas Relacionadas
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 121 28 A Sr.ª Presidente: — A Sr.ª Deputada H
Pág.Página 28
Página 0029:
16 DE JUNHO DE 2012 29 Viúva do arquiteto Francisco Keil do Amaral, Maria Keil nasc
Pág.Página 29