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I SÉRIE — NÚMERO 121

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prosseguidas, em Portugal, há vários anos, há muitos anos, Sr. Deputado! Não é nos últimos seis ou sete

anos, mas há muitos anos!

Temos hoje condições para poder executar um conjunto de reformas que deem, finalmente, a Portugal a

possibilidade de ter um crescimento sustentado no futuro.

Em terceiro lugar, Sr. Deputado, não existe, em nenhuma parte do mundo, uma solução mágica para os

problemas da economia. Há países que, mesmo utilizando mecanismos que são advogados em Portugal por

opositores a este Governo, mostram que, apesar do crescimento da economia, não há absorção de

desemprego pela economia e que o défice externo e o défice interno não param de aumentar para sustentar

políticas expansionistas que não produzem sequer resultados positivos em matéria de coesão social e de

emprego. Então, Sr. Deputado, se essa é a evidência, o que devemos dizer com verdade ao País é que

sabemos que este caminho não é fácil, sabemos que este caminho tem dureza para o País, sabemos que este

caminho é, portanto, difícil e não está isento de riscos — nunca ninguém me ouviu dizer em Portugal que era

um caminho seguríssimo e isento de riscos; há riscos, Sr. Deputado, internos e externos —, mas que

quaisquer que fossem as circunstâncias externas e qualquer que fosse a ideologia do Governo que estivesse

hoje em Portugal esse Governo teria de fazer uma coisa parecida com o que fazemos em matéria de combate

ao défice.

Não combater o défice com medidas restritivas seria o mesmo que conduzir o País novamente à desgraça

em que estava há um ano, quando não tinha meios suficientes para valer os seus compromissos. E isso, Sr.

Deputado, estou certo, é a razão por que os portugueses percebem o caminho que está a ser seguido e não

valorizam as alternativas que têm sido apresentadas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Agentes do Governo, há um

ano, a presidente do Grupo Espírito Santo Saúde comunicou, ainda antes de ter tomado conta do hospital de

Loures, que a Maternidade Alfredo da Costa devia encerrar, nas suas palavras, «por muito que isso custe».

Sabemos agora que o Governo decidiu encerrar essa Maternidade, justificando-se com três mentiras. Na

semana passada, na publicação da carta hospitalar, nada era previsto sobre o encerramento, agora está

anunciado o encerramento; quando se discutiu a perspetiva do futuro da melhor maternidade do País, o

Governo assegurava que queria manter a qualidade, agora fecha por razões económicas; assegurou o

Governo, em terceiro lugar, que não queria dividir os serviços da Maternidade no futuro, agora começa já a

dividi-los.

Queria perguntar-lhe, Sr. Primeiro-Ministro, muito frontalmente, como se sente como cangalheiro da melhor

Maternidade de Portugal.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, a Maternidade Alfredo da

Costa tem previsão de encerramento há muitos anos, não foi este Governo que introduziu essa matéria na

discussão da carta hospitalar. O Sr. Deputado sabe disso, portanto não vale a pena estar a fazer qualquer

voltinha em torno desta questão. A previsibilidade de encerramento da Maternidade Alfredo da Costa está há

muitos anos na agenda da carta hospitalar. Respondi já, a esse respeito, e o Sr. Ministro da Saúde também,

que a forma como decorrerá esse encerramento, que está previsto acontecer nos próximos anos, será

oportunamente divulgada.

Li hoje também nos jornais que haveria uma intenção de encerrar a Maternidade até ao final deste ano.

Não tenho conhecimento, através do Sr. Ministro da Saúde, dessa intenção, Sr. Deputado, e, portanto, não

vou fazer qualquer especulação, neste debate, à volta disso, salvo fazer as seguintes reafirmações: sim, é

verdade que existe, há muitos anos, a previsão de encerramento da Maternidade; sim, é verdade que existe,

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