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22 DE JUNHO DE 2012

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Em cada dia que passa, 800 portugueses e portuguesas perdem o seu emprego. Centenas de jovens

promissores e altamente qualificados têm de abandonar o nosso País. Sr. Deputado, este caminho,

seguramente, não nos leva seguramente a lado algum e muito menos nos leva ao crescimento económico e

ao desenvolvimento do nosso emprego. Este ano, o desemprego ficará acima dos 15% e, em 2013, no

próximo ano, segundo dados do vosso Governo, poderá ultrapassar os 16% — repito, 16%. Que mais é que

os senhores precisam para perceber que este é um caminho errado?

Isto significa sabe o quê, Sr. Deputado? Significa sofrimento para as famílias. Talvez não saiba o que é

isso, mas há muitas famílias do nosso País que estão a sofrer com esta política errada que os senhores estão

a levar a cabo. Isto significa perda de um horizonte de esperança que os portugueses e as portuguesas não

podem aceitar mais.

Sem retoma do crescimento, todos os esforços de consolidação orçamental não terão passado de

sacrifícios inúteis, Sr. Deputado. O Governo e a maioria dizem estar preocupados com o crescimento

económico e como impulso para a economia, mas não se governa com preocupações, Sr. Deputado, governa-

se com ações, e são essas ações que falham, são essas ações que são contrárias às vossas preocupações.

No interior do País — o Sr. Deputado é, tal como eu, de um distrito do interior do País, é de Bragança e eu

sou de Viseu —, estas medidas de irradicação dos incentivos fiscais, do aumento dos fatores de produção,

com o IVA elevado ao seu máximo, a 23%, no gás e na eletricidade fazem sentir-se com uma brutalidade

muito grande.

As empresas do meu distrito, como as cerâmicas, a metalomecânica, a produção automóvel, o termalismo,

que era uma fonte do desenvolvimento do distrito, a hotelaria, a restauração dos têxteis estão a definhar.

Neste momento, assumiu a Presidência o Vice-presidente António Filipe.

O Sr. Presidente: — Faça favor de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Elza Pais (PS): — É aqui que VV. Ex.as

entram num exercício brutal, porque paradoxal. Como é que

os senhores vão compatibilizar a ideia de crescimento e de emprego quando travam a economia e puxam o

País para trás, em vez de empurrar o País para a frente?

O senhor dizia que o Governo é rápido. Dir-lhe-ei: o Governo é lento. É mesmo muito lento. É lento a reagir

com determinação rumo ao crescimento económico. É lento, muito lento, a reagir rumo ao futuro.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem palavra, para responder, o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, agradeço também às colegas Deputadas as perguntas que

tiveram a amabilidade de me fazer.

Sr. ª Deputada Rita Rato, falei em insalubridade, mas não era do País, era insalubridade ideológica e

léxico-semântica, com aquelas palavras como «cassete» e «luta para a rua» e coisas assim. Era mais disto

que eu estava a falar. As palavras são sempre as mesmas e, no fundo, convencem-se de que são

verdadeiras, mas já não são.

Em relação ao Impulso Jovem, deixe-me dizer-lhe que a Sr.ª Deputada poderá, dentro da tal insalubridade

ideológica e léxico-semântica, querer desvalorizar o Impulso Jovem. Não faça isso, Sr.ª Deputada. Os cerca

de 100 000 jovens que são potenciais utilizadores do impulso jovem não lhe vão agradecer.

E mais: com todo o respeito que tenho por V. Ex.ª, dá-se aqui um caso um pouco paradoxal, pois, sendo V.

Ex.ª ainda uma jovem — porque é! —, como é V. Ex.ª se permite denegrir um instrumento tão importante para

a promoção do emprego, da formação e da isenção socioprofissional dos jovens?!

Vozes do PSD: — Muito bem!

Protestos do PCP.

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