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22 DE JUNHO DE 2012

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Sr. Deputado, todos reconhecemos, neste Plenário e no País, que um dos maiores problemas que Portugal

enfrenta é, sem dúvida, o flagelo do desemprego. Esta não é uma mera frase feita, traduz, sim, um sentimento

profundo da dor que causa, da angústia que gera aos que estão nessa situação e a quem com eles convive.

Também é verdade que o problema do desemprego se agravou nos últimos tempos, não negamos a

evidência. Ao contrário do que acontecia nos últimos anos, o Governo assume-a e assume a responsabilidade

de encontrar as soluções para sairmos desta crise.

Crise, Sr. Deputado, foi o que os senhores deixaram, não virtudes, nem soluções, como tentou referir na

sua intervenção. De facto, são muitos os problemas, o legado, a cruz que o Partido Socialista deixou ao povo

português. E não basta fugir da cruz, porque o que o Partido Socialista tem feito nos últimos tempos é fugir da

cruz que legou ao povo português e que nós tentamos aliviar.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

É isso que tentamos fazer e que o Governo faz diariamente, através das inúmeras reformas estruturais e

da aplicação das medidas que os senhores subscreveram (aliás, que inscreveram e subscreveram) no

Memorando de Entendimento.

Refiro-me à versão, de março de 2011, que os senhores subscreveram. Ora, relativamente ao subsídio de

desemprego, já foi aqui dito que os senhores concordam que deve ser resposto aquilo que o Bloco de

Esquerda está a propor, foi isso que foi dito. Só que as alterações que foram introduzidas constam dos pontos

4.1 e 4.2,…

O Sr. Adão Silva (PSD): — Bem lembrado!

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — … tal e qual, ipsis verbis, como os senhores subscreveram.

Nega isto ou concorda que as alterações introduzidas foram aquelas que os senhores inscreveram no

Memorando de Entendimento?

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Gostaria de colocar uma outra questão, pois o problema é

demasiado grave para nos limitarmos a uma mera conversa de retórica. O que o Governo tem feito é tentar

encontrar as medidas ativas de emprego possíveis para ajudar a ultrapassar a situação, qualificando os

portugueses, ajudando a inseri-los num mercado de trabalho difícil e em recessão, mas, simultaneamente,

encontrando e realizando as reformas difíceis, mas que, com coragem, está a conseguir levar a cabo.

Assim, importa saber: de que lado está o PS? Do lado da construção de um País que responde ao flagelo

do desemprego, ou do lado do PCP e do Bloco de Esquerda, que acham que deve ficar tudo como está,…

Protestos do PCP e do BE.

… o que apenas gera desemprego, não cria emprego, porque não é o Estado que cria emprego?

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Quem cria emprego é uma economia dinâmica, forte e capaz

de gerar empregos de qualidade.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra o Sr. Deputado Mário Ruivo para responder.

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