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23 DE JUNHO DE 2012

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O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — E a prova disto, Sr. Ministro, é que os senhores querem transformar a escola

pública num instituto público de formação profissional, a prova disso é o seu discurso, Sr. Ministro, sobre a

empregabilidade, uma vez mais.

Sr. Ministro, se a empregabilidade fosse o único critério e fundamento do ensino educativo, o que seria dos

nossos atores, dos encenadores, dos cineastas, dos escritores, dos filósofos?!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Uma vergonha!

O Sr. João Oliveira (PCP): — O que seria de toda essa gente que contribui ativamente para que tenhamos

um País mais desenvolvido?!

A empregabilidade, Sr. Ministro, era critério e fundamento nos séculos XVII e XVIII, quando os aprendizes

iam para as corporações de ofício aprender um mister.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — É esse o fundamento desta política educativa.

Os senhores querem impor ao País um retrocesso social e civilizacional, e é por isso que a luta contra a

vossa política e contra o vosso Governo é uma luta pelo progresso e pelo desenvolvimento do País.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — É por isso que, na segunda-feira, a discussão que vamos ter, nesta

Assembleia da República, da moção de censura, apresentada pelo PCP, é também uma discussão em função

do progresso e do desenvolvimento do País, contra o retrocesso que os senhores nos querem impor.

Aquela moção de censura, que vamos discutir na segunda-feira, justifica-se porque é ela própria um

instrumento de combate a esse projeto de retrocesso social e civilizacional que o Governo quer impor.

Aplausos do PCP.

Entretanto, reassumiu a presidência a Presidente, Maria da Assunção Esteves.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.a Deputada Ana Drago, do BE. Faça favor.

A Sr.ª Ana Drago (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro: Vai dar-me licença que eu diga duas ou três coisas

ao PSD e ao CDS.

Ao Sr. Deputado Michael Seufert, pergunto: era de fascismo, de escola fascista que o senhor estava a

falar, não era?

Protestos do Deputado do CDS-PP Michael Seufert.

É exatamente essa a expressão que o senhor deve utilizar. É que se trata de um determinado modelo do

que deve ser uma escola, do que deve ser País, que cria cidadãos submissos.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não era bem isso!

A Sr.ª Ana Drago (BE): — É!

Protestos do CDS-PP.

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