28 DE JUNHO DE 2012
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que estão longe de ser consensuais dentro da União Europeia, apesar de estarem em discussão, a verdade é
que, deste Conselho, pode depender a aprovação de uma ambição maior…
A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — … que completa o quadro da União Económica e Monetária, através da
criação de uma verdadeira união bancária, que é essencial para acompanhar os processos de recuperação e
de ajustamento na Europa e, também, em Portugal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, antes de dar a palavra ao Sr. Deputado António José Seguro, quero
fazer uma retificação. O projeto de resolução do PS tem o número 394 e o projeto de resolução do PSD e do
CDS-PP tem o número 393. A ordem do guião está errada, foi um lapso dos serviços. O projeto do PSD e do
CDS-PP entrou anteriormente ao do PS. Fica a verdade reposta.
Dou, agora, a palavra ao Sr. Deputado António José Seguro para formular perguntas.
Pausa.
É apenas para fazer as derivações das consequências desta retificação. Ver-se-á no fim como se fará com
a ordem das votações, mas isso depois do debate.
Sr. Deputado António José Seguro, tem a palavra.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo,
Sr. Primeiro-Ministro, como sabe, este é um debate que antecede o Conselho Europeu, mas também é um
debate quinzenal e eu quero começar, precisamente, por aí, por lhe dizer, Sr. Primeiro-Ministro, que o senhor
tomou posse há um ano e fez uma escolha da sua inteira responsabilidade para atingir o défice de 4,5%.
A consequência mais desastrosa e mais dramática dessa escolha é o elevado número de desempregados
que temos em Portugal,…
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António José Seguro (PS): — … o empobrecimento das famílias, a destruição da classe média e o
número elevado de falências das empresas em Portugal.
O senhor exigiu pesados sacrifícios aos portugueses em nome de um objetivo — o de um défice de 4,5%
— que, neste momento, está comprometido.
A pergunta, que lhe faço, Sr. Primeiro-Ministro, é muito simples: o que falhou na sua receita?
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra para responder.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, conferi com o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares que
não tinha ficado pinga de dúvida na Conferência de Líderes de que este debate se destinava a fazer a
discussão sobre a reunião do Conselho Europeu.
O Sr. António José Seguro (PS): — Não, não!
O Sr. Primeiro-Ministro: — E é nessa disposição que aqui estou e é a isso que responderei! Ou o
Parlamento quer discutir e o Partido Socialista quer discutir a política europeia, ou não quer!
Aplausos do PSD.
Resultados do mesmo Diário
do PSD. Diz o Sr. Deputado, a propósito do BCE: «queremos um papel mais ativo para o BCE
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, sem que o BCE faça esse empréstimo direto aos estados. Isto tem alguma lógica? Quem é que se anda, afinal
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por isso! O Sr. Primeiro-Ministro: — A Sr.ª Deputada perguntou também porque é que o BCE empresta aos bancos
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, e, portanto, também à Comissão Europeia, e, em simultâneo, ao BCE para prepararem uma visão de futuro
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