I SÉRIE — NÚMERO 126
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Partido Socialista, o que significa, portanto, que falhámos a possibilidade de, neste Conselho Europeu tão
relevante, podermos chegar com uma posição comum mais ambiciosa, apenas porque o Partido Socialista
continua a entender que o Governo e os partidos da maioria devem concordar em que o Banco Central
Europeu tenha de financiar os Estados soberanos e em que tenha de existir, na Europa, no imediato, um
mecanismo de gestão de dívida mutualizada.
O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Fale de execução orçamental!
O Sr. Primeiro-Ministro: — E, Sr. Deputado, a verdade é que não só não há realismo nesse particular,
como essa matéria está fora não só do consenso nacional, mas do consenso europeu.
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, espero que aproveite o resto do seu tempo para poder trazer ao
País e ao Parlamento aquela que é, sim, a visão do Partido Socialista sobre este Conselho Europeu e sobre
os desafios que se colocam à Europa e, portanto, também a Portugal e deixe para o debate adequado todas
as outras matérias, que são muito importantes e estou disponível para as debater, em qualquer circunstância,
quando as regras assim o exijam.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, este debate não substitui o
debate quinzenal.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António José Seguro (PS): — E o Sr. Primeiro-Ministro pode dar as voltas que quiser, que o que
fica, perante os portugueses e os Deputados, é que o Sr. Primeiro-Ministro não tem resposta para a pergunta
que lhe fiz: o que é que falhou na sua receita, em matéria de execução orçamental? Não tem resposta! Zero,
Sr. Primeiro-Ministro! Não tem resposta!
Aplausos do PS.
Mas pediu enormes sacrifícios aos portugueses!
Protestos do PSD e do CDS-PP.
E vou dizer-lhe outra coisa, Sr. Primeiro-Ministro: utilizamos o tempo da forma como entendemos.
Protestos do PSD.
O Sr. Primeiro-Ministro pode dar orientações à sua bancada, aliás, a primeira que podia dar era de boa
educação e de ouvirem com respeito os outros oradores,…
Aplausos do PS.
Protestos do PSD, batendo com as mãos nos tampos das bancadas.
… mas a esta bancada o senhor não dá orientações.
Resultados do mesmo Diário
do PSD. Diz o Sr. Deputado, a propósito do BCE: «queremos um papel mais ativo para o BCE
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, sem que o BCE faça esse empréstimo direto aos estados. Isto tem alguma lógica? Quem é que se anda, afinal
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por isso! O Sr. Primeiro-Ministro: — A Sr.ª Deputada perguntou também porque é que o BCE empresta aos bancos
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, e, portanto, também à Comissão Europeia, e, em simultâneo, ao BCE para prepararem uma visão de futuro
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