I SÉRIE — NÚMERO 127
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Sabem onde se regista a diminuição das urgências, Srs. Deputados? É exatamente nos «verdes», é
exatamente naqueles que não precisavam!
Sr. Deputado Manuel Pizarro, o senhor também é médico e, portanto, sabe disso ou, então, nunca fez
medicina.
O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Tenha respeito pelas pessoas!
O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Poderíamos dizer que a isenção das taxas moderadoras ficaria
altamente compensada com aquilo que se pouparia nos medicamentos. Só para dar uma ideia, gasta-se 10
vezes mais com medicamentos do que aquilo que se gasta com as taxas moderadoras. Por isso, o Governo
continuará a apostar fortemente na política do medicamento e no combate à fraude, com vista à garantia da
baixa de preços e disponibilidade dos medicamentos.
Já se falou aqui na suspensão das PPP, já se falou aqui na reforma hospitalar — temos apenas um estudo
prévio que está em discussão pública —, já se disse aqui que, no último Orçamento do Estado, a dotação do
Ministério da Saúde passou para 9200 milhões de euros.
O Ministro da Saúde afirmou, e ninguém me deixa mentir, pelo menos os Deputados da Comissão de
Saúde, que o seu desafio é dar um médico a cada um dos portugueses. Já temos mais 250 médicos de família
e temos mais 375 000 portugueses com médico.
Na última reunião da Comissão de Saúde, Srs. Deputados mais à esquerda neste Hemiciclo, o Sr. Ministro
afirmou que, nos grandes prestadores públicos, não haveria privatizações, disse que os mais vulneráveis têm
melhor acesso e falou, ainda, da equitatividade da indústria farmacêutica, das farmácias, das análises clínicas,
dos meios auxiliares de diagnóstico e dos impostos progressivos.
Penso que estes quatro compromissos definem, de uma vez por todas, a vontade inquebrantável deste
Ministério de manter o Serviço Nacional de Saúde. Todos aqui o sabemos, mas continuamos a usar da
demagogia para dizer, sistematicamente, que queremos acabar com ele.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Fale por si!
O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Quero ainda realçar, na saúde oral, um aumento significativo e que
se registaram 98% de chamadas para a Linha Saúde 24, que, curiosamente, teve a recomendação de 99%
dos inquiridos, ou seja, 99% dos inquiridos recomendaram a utilização da Linha Saúde 24.
Com todas estas medidas, tomadas apenas num ano, ganham os utentes e ganha o Serviço Nacional de
Saúde. Todas elas são em benefício dos utentes, ou seja, quem vai beneficiar com estas medidas são os
portugueses, somos todos nós!
Nunca é demais relembrar o que já disse, nesta Câmara, o Sr. Ministro da Saúde: «Este Governo não
governa para o espetáculo, este Governo governa para os portugueses. É, assim, indispensável que atuemos
todos com uma visão partilhada do bem comum, em detrimento da prática da defesa exclusiva de interesses
parcelares, sejam interesses económicos, sejam interesses corporativos, sejam interesses políticos ou sejam
interesses mediáticos».
O Ministério da Saúde garante, este Governo garante que nenhum português deixará de ter acesso ao
Serviço Nacional de Saúde.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. João Serpa Oliva (CDS-PP): — Este é o nosso compromisso! Bem hajam!
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado João Serpa Oliva, esgotou o tempo de que dispunha, mas o PCP
informou a Mesa de que dará ao Sr. Deputado 1 minuto do tempo de que dispõe para responder a uma
pergunta do Sr. Deputado Agostinho Lopes, que está inscrito para esse efeito.
Tem a palavra, Sr. Deputado Agostinho Lopes.