I SÉRIE — NÚMERO 128
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que se façam exportações. Quem as faz são as empresas e sobre essas não ouvimos falar tanto quanto isso,
nesta manhã.
São as empresas que contribuem para um notável acréscimo registado nas nossas exportações, bem
como para o equilíbrio da balança comercial, para o qual estamos a convergir e que não encontra paralelo nos
últimos 70 anos.
As empresas, empresários e trabalhadores que o estão a conseguir devem, por isso mesmo, ser os
primeiros a serem referidos no nosso debate, alvo do nosso orgulho, reconhecimento e aplauso coletivo.
Aplausos do PSD.
Compete ao Governo, isso sim, estimular, facilitar e apoiar as iniciativas privadas de internacionalização.
Assim tem vindo a fazer, através de um conjunto consistente de iniciativas, incluindo as seguintes: uma inédita
convergência interministerial, que compromete com objetivos concretos e planos de negócio a rede de
embaixadas; a criação do Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia, presidido pelo Primeiro-
Ministro; uma aposta prioritária em novos mercados emergentes, com reforço do papel desempenhado pela
AICEP, que, em 2012, prevê dinamizar quase 500 ações de promoção, repartidas por mais de 60 países; o
envolvimento de grandes empresas no apoio à internacionalização das nossas pequenas e médias empresas;
um reforço substancial do número de acordos bilaterais de comércio e tributação.
É este o legado do Governo nesta matéria.
Aplausos do PSD.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Brinda-nos hoje o PS com uma coletânea de sete projetos de resolução,
apresentados de forma serena, construtiva, e queria aqui saudar o Sr. Deputado Basílio Horta pelo tom que
utilizou.
Não deixaremos, por isso mesmo, de viabilizar algumas das sugestões apresentadas, ainda que os
referidos projetos de resolução saibam a pouco, pois, no fundo, apresentam recomendações centradas em
iniciativas que o Governo já concretizou ou está a implementar.
A título de exemplo: fala-se em capitalização das pequenas e médias empresas depois de o Governo já ter
redefinido, e bem, o papel do capital de risco público, da PME Investimento, e identificado os mecanismos de
recapitalização das empresas exportadoras, como o Sr. Deputado Basílio Horta acabou por admitir; aponta-se
para financiamento do BEI depois de o Governo já ter redirecionado o mesmo para apoio às empresas e estar
a reforçar essas mesmas linhas, nomeadamente alinhadas com a reprogramação estratégica do QREN; pede-
se para fazer uma lista de custos de contexto depois de o Governo já os estar a combater, sendo que foi para
além da lista e está a combater os custos de contexto, nomeadamente por via do licenciamento zero; refere-se
a necessidade de combater o desemprego jovem depois de o Governo ter lançado o programa Impulso
Jovem.
À falta de melhor, como sucedeu já a propósito da energia, o PS vem depois, e não antes, recomendar ao
Governo que faça aquilo que já fez.
Converte-se, assim, a figura regimental do projeto de resolução numa espécie de proposta de
reconhecimento face a medidas concretas tomadas pelo Governo no apoio ao crescimento económico.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!
O Sr. Pedro Saraiva (PSD): — Nada nos move contra este tipo de postura reativa, que até saudamos, pois
acaba por evidenciar, quase psicanaliticamente, que, lá no fundo, o PS bem sabe que este Governo tem
sabido implementar um ambicioso conjunto de reformas estruturais direcionadas para o crescimento
económico. O Governo concretiza as reformas. O PS fala delas retroativamente.
Mantendo-se esta abordagem, a seguir a estes sete, que venham mais sete e outros sete ainda, pois são
muitas e boas as medidas de estímulo às exportações que o Governo concretizou e vai continuar a
concretizar.