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5 DE JULHO DE 2012

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Hoje, as despesas do Estado cresceram, através do aumento do número de trabalhadores a quem

pagamos subsídios de desemprego.

Hoje, as receitas do Estado e da segurança social diminuíram, com a falta de pagamento da taxa social

única dos trabalhadores que foram para o desemprego.

Hoje, com a diminuição de receitas e o aumento das despesas, o objetivo do Governo para a execução

orçamental ficou mais longe de ser atingido.

Hoje, o País ficou menos competitivo, com mais trabalhadores com enorme competência que são

obrigados a ir trabalhar para outras economias.

Hoje, o País ficou mais pobre, com empresas inovadoras e vencedoras que são obrigadas a fechar as suas

portas por uma política ideológica deste Governo.

Hoje, o País ficou mais injusto, com menos igualdade de oportunidades e com menos coesão territorial.

Hoje, ao fim de um ano de um Governo deste tipo, temos mais 100 000 novos desempregados só neste

setor e, hoje, sabemos que os novos desempregados no primeiro trimestre de 2012 são maioritariamente —

cerca de 52% — oriundos deste setor.

Hoje, temos pela primeira vez as associações patronais e os sindicatos a falarem a uma só voz, na defesa

dos postos de trabalho.

Hoje, ao fim de um ano de Governo, não temos nenhuma ação, não temos qualquer política no sentido de

apostar no redimensionamento do setor, na promoção de nichos de mercado, na melhoria do quadro

regulatório, na promoção de soluções financeiras que permitam o financiamento do setor, na inovação e

investigação, na internacionalização das nossas empresas no setor da construção, nem sequer temos um

alinhamento com a agenda europeia, nomeadamente com o plano para o crescimento, que nos permita

maximizar o aproveitamento dos fundos disponíveis.

Hoje, temos um Governo sem soluções, sem pensar nas pessoas, sem visão, sem estratégia, sem ação.

Hoje, temos um Ministério da Economia que promove o assassínio dos setores mais produtivos e com mais

capacidade de internacionalização e promoção da exportação dos produtos de construção portugueses.

Hoje, temos de dizer basta a esta política e a este tipo de governação, temos de nos associar a todos os

que trabalham neste setor, a todos os empresários, sindicatos e associações patronais, e dizer: «resistam,

resistam a este ataque deste tipo de Governo, resistam a esta inação, resistam em vosso nome mas também

em nome da nossa economia, do nosso desenvolvimento e em nome de todos os portugueses».

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder

Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Para além de cumprimentar as

associações aqui representadas, queria dizer que partilhamos as preocupações do Partido Comunista

Português.

Vozes do PCP: — Oh!…

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Mas, como é obvio, não partilhamos as soluções, soluções essas que

estão muito na declaração que acabamos de ouvir do Partido Socialista.

Mas vejamos, então, o que é que aconteceu: tivemos 6 anos em que se assistiu ao maior investimento

público de que há memória na democracia. Em 2004, a dívida pública era de 85 800 milhões de euros —

57,6% do PIB. Em 2010, era de 161 000 milhões de euros — 93,3% do PIB.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Só pode estar a brincar!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Com certeza que o Sr. Deputado, rigoroso como é, sabe que estou a

citar números do Orçamento, logo, verdadeiros.

A despesa pública, em 2004, era de 44,5% do PIB; em 2010 era de 51,3% do PIB.

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