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I SÉRIE — NÚMERO 130

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Cancelaram-se os projetos de alta velocidade, por razões eleitorais também mascaradas de financeiras.

Cancelaram-se as novas ligações a Vigo e a Madrid para mercadorias, com a desculpa que iriam substitui-

las por umas muito melhores e mais baratas, só que nunca mais chegam e, entretanto, perdem-se fundos

comunitários e o desenvolvimento do País.

Parou-se a eletrificação da Linha do Douro, porque iam cortar as gorduras — não se entende é se é meia

catenária, se é eliminar o controlo de tráfego.

Reduziram-se os investimentos em manutenção, o que esperamos não venha a ter consequências.

As tais novas concessões nunca mais chegam e não se sabe como são.

Anunciam-se mais cortes de serviços, porque é preciso poupar.

Em suma, para além de tristes episódios, como a ausência, não anunciada, na Assembleia Geral da Metro

do Porto para nomeação, com um ano de atraso, da nova administração, o que é que, na realidade, temos?

Os tais aumentos brutais nos preços e os cortes e mais cortes nos serviços e nos investimentos.

E quais são as implicações para as populações? Quais as implicações para a competitividade da economia

nacional? Mas isso não interessa ao Governo!

Mas há uma coisa que sabemos: o número de passageiros transportados pela CP, entre janeiro e maio

deste ano, relativamente a igual período de 2011, desceu quase 10%. Repito, quase 10%, menos 6000

pessoas a utilizar a ferrovia, durante estes meses.

Sr.as

Deputadas e Srs. Deputados: Está a tocar a finados pelo caminho-de-ferro em Portugal. Por isso, é

necessário tocar a rebate na defesa da ferrovia! Por isso, votamos favoravelmente o projeto de resolução.

Devem ser retomadas as orientações estratégicas para o setor, devem ser feitos investimentos em mais e

melhores serviços ferroviários, ao serviço das pessoas e ao serviço da economia.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, pelo CDS, tem a palavra o Sr. Deputado

Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Sem nenhuma ironia, queria

cumprimentar o Partido Ecologista «Os Verdes» por apresentar esta matéria.

No entanto, gostava de dizer — e vou tentar ser simpático, ao classificar — que sempre que trazemos uma

medida que gera algum consenso, que fala de um problema real mas que não tem em conta as causas e a

impossibilidade financeira de resolvermos o problema, que é a que vivemos hoje, isso tem um nome, que aqui

não quero dizer.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Pode dizer!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — O que o Partido Ecologista «Os Verdes» vem aqui dizer é consensual,

é razoável: temos de olhar para o sistema ferroviário nacional; devemos estudar um plano ferroviário nacional;

devemos melhorar o serviço e a ligação da ferrovia aos outros modelos de transporte, para termos um

verdadeiro sistema de transportes, tudo isso parece razoável.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Está em desacordo?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Estou a acabar de dizer que estou de acordo! Não há é condições

financeiras, o que é sobejamente conhecido por todos, para o fazer.

Mais uma vez, gostava de o relembrar, mas sei que o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista

«Os Verdes», nessa matéria, não só não querem saber como são coerentes, pois falam no «pacto de

agressão».

O que diz o Memorando de Entendimento, assinado e negociado pelo Partido Socialista, e que nós

aceitamos?

Protestos do PCP.

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