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6 DE JULHO DE 2012

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que tem a ver com a privacidade das mulheres. Não vão, com certeza, propor que existam listas de mulheres

abortadeiras na Internet e que o Ministério da Saúde constitua uma base de dados com as mulheres que são

reincidentes?! Portanto, isto vai dar-vos muitos, muitos problemas, mas espero que o bom senso acompanhe

este debate, que é, certamente, um debate futuro.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Concluo, Sr. Presidente.

Dentro deste bom senso, é hora de acabar com toda a hipocrisia para com tantas mulheres e tantos

homens que queriam ter filhos e não podem. Não é hora de fazer hipocrisia com números falsos, com

estatísticas viciadas, com palavras gongóricas, quando há mulheres e homens que queriam ter filhos, mas,

simplesmente, não podem fazer esta escolha com toda a liberdade.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Portanto, que o bom senso nos acompanhe para o futuro.

O que alguns e algumas de vós bem querem bem sabemos nós: querem que as mulheres sejam

empurradas para as clínicas privadas, para o vão da escada,…

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr.ª Deputada, faça favor de terminar.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — … mas é tempo perdido.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Tenha vergonha!

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Essa batalha foi ganha pela democracia,…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr.ª Deputada, faça favor de terminar, porque já excedeu

largamente o tempo de que dispunha.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — … essa batalha foi ganha pela modernidade.

Aplausos do BE e do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa

Caeiro.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Gostaria de começar por saudar

os mais de 5000 subscritores desta petição, neste valioso sinal de cidadania, que é o exercício do direito de

petição.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Mesmo quando se discorda!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Pedem os subscritores à Assembleia da República que reconheça o

flagelo do aborto, imagino que do aborto por opção da mulher, desde há 4 anos.

Bom, permito-me fazer algumas correções.

Em primeiro lugar, de facto, o aborto é um flagelo, mas é um flagelo de toda a humanidade e não apenas

de Portugal. E é um flagelo que não existe desde há 4 anos, mas, que eu saiba, desde a antiguidade, mais

concretamente, desde o século 28 a.C. Aliás, era discutido abertamente por Aristóteles, era incentivado até

por outros filósofos e era abordado com toda a naturalidade — imagine-se! — por Hipócrates.

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