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I SÉRIE — NÚMERO 132

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Segunda pergunta: o que falhou na receita da austeridade a qualquer preço que o Primeiro-Ministro impôs

aos portugueses? A manter-se a trajetória de execução orçamental, o que está a falhar, por sua escolha, para

não cumprir o défice?

Aplausos do PS.

Termino, Sr. Primeiro-Ministro, com uma terceira pergunta: a manter-se a trajetória até ao momento, a

execução orçamental aponta para uma derrapagem de 2000 milhões de euros. O Governo já veio reconhecer

o seu fracasso. O Sr. Primeiro-Ministro já declarou solenemente que, enquanto for Primeiro-Ministro, recusará

mais tempo para o nosso ajustamento, pois isso — pasme-se! — seria facilitismo e, na sua opinião,

representaria mais sacrifício para os portugueses.

Responda, com clareza, Sr. Primeiro-Ministro: que medidas adicionais vai tomar este ano para corrigir a

sua derrapagem orçamental, o seu desvio colossal?

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, o Sr. Deputado não ouviu,

com certeza, a intervenção que eu fiz.

Protestos do PS.

O Sr. Deputado quis ouvir algumas coisas que eu não disse, mas que suporia talvez que eu tivesse dito.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Já trazia escrito!

Protestos do PS.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, a única coisa que não fiz foi traçar um cenário idílico para os

tempos que estamos a viver.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Deputado está convencido de que descrever de forma estática a circunstância em que nos

encontramos qualifica a situação do País. Mas não qualifica, Sr. Deputado. O que qualifica e responsabiliza a

execução do atual Governo, nomeadamente, do Programa de Assistência mas também do Programa do

Governo, é a avaliação comparativa entre o ponto de que partimos e o ponto em que estamos hoje, é a

comparação entre aquilo que temos e o que teríamos hoje se tivéssemos escolhido alternativas que foram

sugeridas por outros partidos e, mesmo, se tivéssemos as dúvidas que o Sr. Deputado recorrentemente tem

colocado acerca do próprio Programa de Assistência Económica e Financeira.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E aí, Sr. Deputado, é que eu penso que poderia ter usado a sua pergunta para responder ao desafio que

lhe enderecei e para esclarecer os portugueses sobre o caminho que defende.

Sr. Deputado, fazer a descrição do desemprego não é fazer a avaliação do estado da Nação.

O Sr. António José Seguro (PS): — Não?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não, Sr. Deputado!