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14 DE JULHO DE 2012

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milhares de empresas mas de despedimentos de milhares de trabalhadores e, inclusivamente, com

consequências muito significativas para a economia portuguesa e para a sua estabilidade, qual é a resposta

do PSD? Voto contra, chumba as soluções.

Quanto aqui trouxemos, à Assembleia da República, propostas concretas para a viabilização dos estaleiros

navais, seja em Viana do Castelo, seja no Mondego, seja em Peniche, qual foi a resposta do PSD? Votou

contra todas estas propostas concretas que permitiriam recuperar a economia portuguesa, permitiriam

revitalizar o emprego e criar condições para a recuperação económica, afastando a situação de recessão.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Queira terminar, Sr. Deputado!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Para concluir, Sr. Presidente, é uma grande surpresa não termos ouvido o

CDS, neste debate, falar do visto familiar. É uma surpresa.

O Sr. Miguel Laranjeiro (PS): — É verdade! É verdade!

O Sr. João Oliveira (PCP): — O CDS, que tanto insistia no visto familiar, parece que o esqueceu, porque

com o visto familiar não era possível apresentarem as propostas de alteração ao Código do Trabalho que

apresentaram, não era possível sustentarem as propostas de alteração ao Estatuto do Aluno que temos em

discussão, não era possível imporem os cortes na ação social escolar e no abono de família que impuseram,

não era possível sustentar a falta de investimento na rede pública de creches, não era possível, Sr.as

e Srs.

Deputados, sustentarem um Governo que a primeira resposta que encontrou para o desemprego, sobretudo

para o desemprego jovem, foi o convite à emigração.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de concluir.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Concluo já, Sr. Presidente.

Este é um debate de má consciência de uma maioria que procura disfarçar as consequências de uma

governação desastrosa que está a arruinar a economia e, sobretudo, as gerações futuras.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, esta pode ser uma manobra de

ofuscação da incompetência do PSD e do CDS relativamente às propostas que eram necessárias para

revitalizar o emprego.

Os senhores sabem que sem crescimento económico não há qualquer revitalização do emprego nem da

economia. Os senhores sabem — são os relatórios internacionais que o dizem — que, a seguir-se esta política

recessiva, teremos na zona euro, nos próximos quatro anos, mais 4,5 milhões de pessoas desempregadas, ou

seja, 22 milhões de pessoas estarão desempregadas na zona euro, com todas as consequências que, aqui,

em Portugal, são bem conhecidas.

Os senhores não trazem nenhuma medida para parar o desemprego de 1,2 milhões de pessoas. Alteraram

as regras do subsídio de desemprego e sabemos hoje que, em cada 100 desempregados, 57 não têm

qualquer proteção social.

Os senhores não dizem uma palavra sobre o segundo maior flagelo, que é a precariedade e os falsos

recibos verdes, que continuam a ter, até cada vez mais, nos serviços do Estado.

Os senhores não dizem uma palavra sobre os encerramentos de empresas em massa que se anunciam,

como na Delphi e na Makro. Só em Castelo Branco, vão perder-se, nos próximos dias, 700 postos de trabalho,

a maioria dos quais sem qualquer proteção no desemprego, e os senhores não têm uma palavra para os

trabalhadores do call center da Segurança Social de Castelo Branco, os senhores não têm uma palavra para

os trabalhadores da Delphi.

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