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26 DE JULHO DE 2012

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urgência avançada, de um serviço de imagiologia para exames de radiologia convencional, de um serviço de

medicina física e reabilitação e de um serviço de consulta externa, com consultas de fisiatria, dietética e

medicina interna.

Ou seja, o atual Governo não realizou nenhuma medida de encerramento ou diminuição de oferta de

cuidados de saúde no hospital de Serpa.

Vozes do PCP: — É «gato escondido com o rabo de fora»!

O Sr. Mário Simões (PSD): — Em todo o caso, e no contexto presente, não posso omitir que o hospital de

Serpa se localiza a escassos 30 km de Beja, ou seja, a menos de uma hora de distância,…

Protestos do PCP.

… que, como sabem, é, segundo os peritos médicos, a distância que justifica a existência de um serviço de

urgência básica.

Ora, é da mais elementar justiça reconhecer que a esmagadora maioria dos municípios e localidades no

Alentejo se encontram a distâncias muitas vezes superiores a 100 km.

Pretender, como reclama o Partido Comunista, a manutenção e o reforço dos serviços no hospital de Serpa

é um propósito discutível, tendo em conta a realidade regional e nacional que o País vive.

Realço também a posição dos Deputados do Partido Socialista, nomeadamente dos Deputados Paulo

Pisco e António Serrano, que admitiram que o hospital de Serpa não poderá ter todas as valências mas que,

recomendam eles, deverá ter uma urgência básica.

Não resisto a questionar os Srs. Deputados da bancada socialista em relação ao seguinte: remontando a

2008 o processo de requalificação da rede de urgências, porque é que a ARS do Alentejo e o Governo de

então não viabilizaram a formalização do serviço de urgência básica em Serpa, sendo, naturalmente, uma

decisão política?

E sabem porquê? Não o fizeram à luz do que acabei de dizer, mas também porque as obras de

readaptação são caras e também porque o edifício, como sabem, é propriedade da Santa Casa da

Misericórdia de Serpa.

Em síntese, fica demonstrado que não tem cabimento fazer um regresso ao passado, que não faz qualquer

sentido continuar a privilegiar uma unidade hospitalar de um conjunto de valências médicas de que mais

nenhum concelho do distrito de Beja dispõe, a não ser, naturalmente, a sede do concelho, Beja.

Termino, dizendo que, sendo o momento que vivemos de emergência, o atual conselho de administração

herdou uma dívida, um passivo de 59 milhões de euros, contraído em apenas seis anos.

Esta é a verdade dos factos e é por isso que, naturalmente, o PSD não pode acompanhar estas propostas,

revendo-se plenamente na política que o Ministério da Saúde tem vindo a implementar.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Pisco.

O Sr. Paulo Pisco (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Começo por saudar a população do

concelho de Serpa, todos os peticionários, os autarcas que se encontram presentes a assistir a este debate e

todos aqueles que se empenharam e se envolveram nesta luta.

Quero começar por dar razão aos peticionários. Sim, é importante que os serviços do Hospital de São

Paulo, em Serpa, se mantenham e que vários dos que se perderam sejam repostos. Não podemos continuar a

assistir a um processo de desertificação humana dramático, acelerado pela supressão de serviços públicos

prestados às populações. O fim dos serviços leva a mais desertificação e à decadência económica do

concelho. E a petição e as resoluções que aqui discutimos podem muito bem servir de sinal de alarme para

uma situação que um dia tem de parar antes que seja tarde de mais.

Basta de retórica enganadora sobre a bondade da reestruturação dos serviços de saúde e a otimização

dos seus recursos. Basta de dizer que as populações serão melhor servidas se os serviços estiverem todos

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