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26 DE JULHO DE 2012

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De facto, com o pretexto da diminuição de custos, o Governo apresenta um projeto de reorganização da

região Oeste, cuidados hospitalares, que é altamente lesivo para as populações e para os cuidados de saúde

da região.

O Governo prepara-se para transformar a urgência médico-cirúrgica em urgência básica, encerrar a

maternidade, encerrar o Hospital do Barro e desmantelar vários serviços, como a pediatria e a obstetrícia.

Nesta reforma, o Governo pretende criar um único centro hospitalar, com valências repartidas entre Torres

Vedras e Caldas da Rainha, sendo que hoje ambos os hospitais têm um atendimento em urgência médico-

cirúrgica de 250 doentes por dia e são os próprios profissionais de saúde de ambos os hospitais a garantir que

nenhum dos dois hospitais tem objetivamente capacidade para absorver a urgência médico-cirúrgica do outro

hospital.

Mas pior: passando toda a região oeste a ser encaminhada para Lisboa, para o Hospital de Santa Maria, é

um absurdo, que um doente urgente seja transportado de Torres Vedras para o Hospital de Caldas da Rainha,

num percurso de 40 Km, e, se aí não obtiver resposta, o mesmo doente faço o caminho inverso, isto é, passa

novamente por Torres Vedras, somam-se mais 40 Km, para ser encaminhado para Santa Maria, mais 40 Km.

É certamente um «passeio» pouco interessante para um doente, sobretudo quando estamos a falar da vida

das pessoas, que neste vai e vem corre sérios riscos que o Governo teima em não avaliar, que o Governo

teima em ignorar, porque o Governo há muito que deixou de se preocupar com as pessoas. Há muito que o

Governo deixou as pessoas para trás.

O resultado desta pretensão do Governo mais não será do que retirar às populações do Oeste o direito aos

cuidados de saúde que custaram muitos anos a consolidar.

O Governo continua assim a ver nos doentes do nosso país, e agora, em concreto, nos doentes da região

do Oeste, um custo do qual se pretende libertar.

Para terminar, quero dizer que Os Verdes estão solidários com as sérias preocupações dos peticionários e

acompanham de perto os objetivos das três petições que estamos a discutir e rejeitam a reforma que o

Governo pretende impor relativamente aos serviços de saúde do Oeste, que vai ter consequências

gravíssimas para as populações, no que diz respeito aos cuidados de acesso de saúde.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Muito bem!

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Sr. Manuel Isaac, do CDS-PP.

O Sr. Manuel Isaac (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Começo por saudar os milhares

de subscritores desta petição, nas pessoas aqui presentes, dizendo aos Srs. Deputados do Bloco de

Esquerda, do PCP e do PS que não vem aí desgraça alguma, não é o fim do mundo, Srs. Deputados! Não é o

que os Srs. Deputados estão a anunciar.

Sr. Deputado André Figueiredo, o senhor disse que ia fazer se fosse governo?! O senhor sabe o que

celebrou com o Oeste, por causa das contrapartidas da OTA? Sabe o que celebrou com a região Oeste? Sabe

o que é que concretizou? Nada! O senhor ia fazer um hospital?! Não conseguiu fazer nada daquilo que

assinou com o Oeste, nessas contrapartidas!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Bem fala Frei Tomás, Sr. Deputado!

Quero dizer também que o Hospital de Alcobaça não foi privatizado. O Hospital de Alcobaça, a pedido de

Alcobaça, passou a ser integrado no Hospital de Leiria e Pombal, no que se refere à parte norte de Alcobaça;

quanto à parte sul, vai ficar no futuro Centro Hospitalar do Oeste.

O Sr. João Semedo (BE): — Vamos ver o que é que lhe acontece!

Sr. Manuel Isaac, (CDS-PP): — Mas, Srs. Deputados, a análise efetuada sobre os cuidados hospitalares

na região Oeste não tem como objetivo a redução da oferta de recursos e sinergias existentes nos dois

centros hospitalares, antes se pretende aproveitar e rentabilizar a capacidade instalada no sentido de melhorar

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