13 DE SETEMBRO DE 2012
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Aplausos do PSD.
Protestos do BE.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Não, não!…
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Já em 2009 e 2010 a crise era uma crise de sobre-
endividamento que o governo do Partido Socialista resolveu tentar solucionar com políticas de procura
expansionistas.
O Sr. João Oliveira (PCP): — E os partidos que o apoiam, nessa altura, apoiaram todos!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — O resultado foi a intervenção da troica no País.
Protestos do PCP e da Deputada de Os Verdes Heloísa Apolónia.
Devo dizer, a propósito de hipocrisia e incoerência, que nunca os partidos da ala esquerda da bancada
deste Parlamento esclareceram se os seus planos de reestruturação de dívida são ou não compatíveis, no seu
conceito, com a permanência na área do euro.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — Ora, essa!…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O seu, qual é?
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Certamente que o eleitorado português, o povo português,
tem o maior interesse em conhecer a resposta a essa pergunta.
O Sr. Luís Fazenda (BE): — É muito desconhecimento!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Parece-me também importante explicar que, efetivamente,
não há da parte do Governo — e da minha parte, certamente —, qualquer dificuldade em reconhecer a
alteração de circunstâncias e adaptar políticas nessa conformidade.
O Sr. João Galamba (PS): — É reincidir! A palavra é reincidir!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — De resto, esse é precisamente o caminho que foi traçado,
neste quinto exame regular, que foi cuidadosamente preparado para conseguir esse resultado.
Recordam-se de que, após a reunião do Eurogrupo de julho, o comunicado do Eurogrupo falava de
incentivar a troica para, em conjunto com as autoridades portuguesas, procurar soluções para assegurar a
eficácia do processo de ajustamento. Essa é mais uma razão por que este quinto exame regular foi
particularmente importante.
A necessidade de adaptar o processo de ajustamento à alteração de circunstâncias externas e à alteração
de circunstâncias internas foi precisamente aquilo que foi feito, sem comoção ou turbulência, no quadro deste
quinto exame regular.
Sr. Deputado João Galamba, chamo-lhe a atenção para o facto de, desde há muitos meses, eu evitar a
utilização da palavra sucesso.
O Sr. João Oliveira (PCP): — É o mínimo!
O Sr. Luís Fazenda (BE): — É porque não tem!