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I SÉRIE — NÚMERO 3

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Como é que um País pode acreditar num Primeiro-Ministro que, em agosto deste ano, diz aos portugueses:

«2013 vai ser o ano da recuperação económica!» e, passadas três semanas, o Sr. Ministro das Finanças

desmente-o, desautoriza-o dizendo que vai haver uma contração da economia no ano 2013?!

Diga-me, Sr. Primeiro-Ministro, como é que o País pode confiar num Governo quando o seu Ministro de

Estado e dos Negócios Estrangeiros o desautoriza em público dizendo que discorda da medida da TSU, que o

senhor anunciou com pompa e circunstância! Explique, Sr. Primeiro-Ministro!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, em primeiro lugar, espero

que a resposta que lhe dei…

O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Não deu resposta nenhuma!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … relativamente a uma matéria tão sensível como é a do sistema financeiro e

da Caixa Geral de Depósitos não conte, da sua parte, com mais nenhum esforço de especulação.

Em segundo lugar, quero dizer que a medida de desvalorização fiscal estava no Memorando que foi

negociado pelo Governo do Partido Socialista.

Protestos do PS.

Essa medida de desvalorização fiscal estava lá prevista.

Protestos do PS.

É certo que o Partido Socialista nunca esclareceu como é que tencionava concretizar essa desvalorização

fiscal — isso é conhecido.

O Sr. António José Seguro (PS): — Quem governa é o senhor!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Também é conhecido que conseguiu fazer toda a campanha eleitoral sem

dizer uma palavra sobre isso. Ou melhor, conseguiu fazer a campanha eleitoral sugerindo que não tencionava

fazer o que está no Memorando, o que é algo ainda mais extraordinário,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … mas que, creio, não espantou verdadeiramente ninguém.

Sr. Deputado, a desvalorização fiscal em Portugal é importante na medida em que favorece a

competitividade das empresas e, por isso, consegue dar um contributo positivo para a riqueza do País e para o

emprego no País.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Para a riqueza de alguns!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, não tenho medo das palavras. O Sr. Deputado talvez goste de

explorar linguagem que é mais própria da sua esquerda parlamentar do que é habitual ouvir da parte do

Partido Socialista. Mas, Sr. Deputado, eu nunca disse que queria um País de pobres.

Protestos do PS.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Não diz, mas faz!

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