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22 DE SETEMBRO DE 2012

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O Sr. António José Seguro (PS): — Ah, tem? Repita lá! Como é possível?! Vê-se!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, não é senão observável que há outros caminhos. Nós podemos

escolher…

O Sr. António José Seguro (PS): — Outros caminhos?! Então, refira-os lá!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, peço-lhe desculpa se, porventura, nunca neste Parlamento lhe

dei a entender que há sempre outros caminhos e outras escolhas.

Protestos do PCP.

Há sempre, Sr. Deputado! Não há dúvida quando a isso!

Mas, Sr. Deputado, eles não têm o mesmo significado. Não, isso não! Nós não podemos dizer que tanto faz

seguir um caminho como outro!

Por isso é que tenho dito que as outras escolhas, de que tenho ouvido falar, os outros caminhos que têm

sido sugeridos, nomeadamente pelo PCP, não representam uma alternativa séria, Sr. Deputado, porque uma

alternativa séria é a que responde aos nossos problemas e que nos permite atingir um objetivo equivalente por

outro meio.

Mas o Sr. Deputado não quer atingir o mesmo objetivo, quer atingir objetivos diferentes. Ora, Sr. Deputado,

nesse sentido, não, não podemos estar no mesmo caminho! Não estou no caminho da renegociação da dívida

e do incumprimento, não estou no caminho do isolamento de Portugal da Europa, não estou no caminho de

defender a saída de Portugal do euro, estou exatamente no caminho oposto ao seu e, nessa medida, o

caminho que o Sr. Deputado propõe não é alternativa para os portugueses, embora possa corresponder a uma

outra escolha, que julgo que os portugueses não fizeram até hoje e isso chega-me.

Seria importante para que outras alternativas fossem colocadas que fossem assumidas por alguém, mas,

Sr. Deputado, a alternativa de estar dentro do euro e cumprir o senhor não consegue oferecer e os que

querem estar dentro do euro não querem cumprir e, portanto, não têm alternativa para oferecer.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — A questão não está em sair ou não sair. A questão não é essa!

A Sr.ª Presidente: — Para formular perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr.ª Presidente, o Sr. Primeiro-Ministro, acabou de nos dizer há pouco

«sabemos o que estamos a fazer».

Queria lembrar-lhe que, há um mês, o Sr. Primeiro-Ministro, no seu discurso perante o seu partido, no

Pontal, garantiu que, em 2013, começava a recuperação económica do País. Queria que me dissesse se

mantém essas palavras.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, no discurso do Pontal, em

Agosto, disse que teríamos durante o ano de 2013 um ano de estabilização e de inversão do ciclo económico,

e mantenho aquilo que disse.

Está, de resto, no contexto das novas previsões que foram acertadas com a troica, no novo cenário

macroeconómico que saiu desta última revisão, e foi anunciado pelo Sr. Ministro das Finanças, que haverá,

ainda, contração da economia no primeiro trimestre do próximo ano e inversão de ciclo a partir do segundo

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