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I SÉRIE — NÚMERO 15

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de investigação que não se faz uma vez que não há dinheiro. O que é que os senhores acham que está aqui a

mais?!

Falou, aqui, do novo contrato de concessão com a Lusa, prometendo, como até foi aqui reiterado, a

cobertura integral do território nacional e internacional. Pois claro, uma pessoa sozinha pode cobrir o território

nacional e o mundo inteiro! A questão é: em que condições, Srs. Deputados?! Com que meios?! Com que

equipa?! Com que redação?!

Sr. Ministro, o que queremos perguntar — e importa que haja aqui uma resposta concreta, porque não se

pode trabalhar às escondidas do País numa matéria desta importância — é o que é que os senhores do

Governo e da maioria consideram que está a mais no contrato de serviço público da agência Lusa.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — O que é que a agência Lusa faz que os senhores acham que não é preciso,

porque é daí que decorre um corte orçamental?!

Os senhores dizem: «Corte-se no Orçamento. Vai-se fazer um contrato novo, com novas obrigações». E

nós perguntamos: Quais? Para fazer o quê? Para deixar de fazer o quê? E esta é a questão central! Deixem-

se de palavras vazias e redondas, Srs. Deputados, deixem-se de versos laudatórios ao espírito extraordinário

do pessoal da agência Lusa, digam onde é que acham que a agência Lusa deve deixar de fazer serviço

público. O que é que deve deixar de fazer? Esta é a questão.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Já agora, Sr. Ministro, diga-me qual é afinal o tal papel dos acionistas privados

da agência Lusa.

É o de ficarem a dever dinheiro à agência cada vez mais; à própria agência de que são acionistas?! E não

se passa nada?!

É o de servirem de porta de entrada ao capital estrangeiro? Com a compra de capital da Controlinveste

entra, assim, pela primeira vez, capital estrangeiro na agência Lusa. É isto a promoção da lusofonia de que os

senhores aqui falam?!

Quando o senhor diz que se vai evitar a todo o custo a extinção de contratos de trabalho, como é que

esclarece as declarações da Secretária de Estado do Tesouro e das Finanças, que falou em despedimentos

que são inevitáveis?! A própria administração da agência Lusa — e, aquando da audição dos trabalhadores,

pronunciámo-nos logo no sentido de que tinha que ser ouvida — está a preparar esse trabalho, Srs.

Deputados.

Em quê é que ficamos, afinal, Sr. Ministro? É importante que se responda a esta questão.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla

Rodrigues.

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: Nos

últimos dias, temos assistido a uma corrida desenfreada entre os grupos parlamentares para verem qual é que

ganha a medalha de defensor da Lusa e do serviço público.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — O PSD é que não é, de certeza!

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Serenem, Srs. Deputados, porque todos defendemos a Lusa …

A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Muito bem!

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