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26 DE OUTUBRO DE 2012

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A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Outra questão que tem de ser alterada é a da metodologia da

autorização.

O Sr. Deputado Abel Baptista não referiu que a autorização dada ao nível da União Europeia foi com base

num estudo que a própria Monsanto fez, ou seja, a própria interessada,…

A Sr.ª Rita Rato (PCP):- Exatamente!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — … num prazo de três meses, para que o milho fosse aprovado.

Ora, assim, obrigada! Obrigada!… Quando são os próprios interessados a apresentar prova da inocuidade

do milho ou do transgénico que pretendem ver aprovado, assim, obrigada! Assim, é fácil!…

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sabe que isso não é verdade!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Depois, ao PS, gostava de dizer uma coisa: podemos andar todos

muito preocupados, mas a melhor forma de não fazer nada é «chutar» isto para a escala global. É uma

alegria!… Os outros que resolvam. A nós, comete-nos ficar aqui preocupados, mas outros que resolvam! Não!

Não é assim, Sr. Deputado!

Sabe a que é que isso leva? Leva, à escala global, à cedência aos interesses dos Estados Unidos da

América, que têm o maior interesse económico neste negócio. Eles querem lá saber se fazem mal ou não aos

seres humanos do mundo inteiro, porque é mesmo assim, porque o dinheiro vale muito — não é verdade? — e

vende muito, Sr. Deputado, e eles querem isto generalizado ao nível do mundo, porque é para lá que vai o

dinheiro. A generalização do negócio dos transgénicos beneficia, em muito, os Estados Unidos da América.

Portanto, não podemos ser ingénuos. Há muito negócio por trás disto, há muito, muito negócio e muitos

milhões. Assim, esses interesses levam a que muitas instituições acabem por ceder a estes interesses

económicos, em prejuízo da saúde pública dos cidadãos.

Temos de pensar aqui numa coisa, Srs. Deputados: os casos de cancro, no nosso País e no mundo inteiro,

galopam, galopam, galopam… Há muito mais gente hoje com tumores do que havia há uns anos, mas

ninguém pára para pensar porquê? Porquê?! A alimentação tem muito a ver com isto. Há estudos

contraditórios, sim, mas, por isso, é que é fundamental aplicar o princípio da precaução. E não é por acaso

que o Governo francês encomendou a outra agência um estudo sobre este NK603, porque a credibilidade, por

uma universidade como as que o Sr. Deputado acabou de referir,…

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Seis!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Não são seis universidades! São seis academias, ou seja, são

grupos de cientistas, se calhar, tão credíveis ou não como os outros…

Agora, nós, consumidores, queremos é segurança, certezas, e é isso que não nos é dado! A Europa não

nos está a dar isso. A Europa inventou o princípio da precaução e não quer aplicá-lo, mas os consumidores

exigem essa aplicação, porque exigem segurança.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — O Sr. Deputado Pedro Filipe Soares pretende realizar uma proeza,

que é fazer uma intervenção em 5 segundos.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: É verdade que as opiniões

sobre os organismos geneticamente modificados são divergentes e eu não escondi isso na minha intervenção,

aliás, disse-o desde o início.

Mas, já agora, sobre a coerência das posições, também disse, desde o início, que houve partidos que

mudaram desde 2000 até agora sem que a realidade tivesse mudado, mas mudaram de posição.

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