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27 DE OUTUBRO DE 2012

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Para formular perguntas, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, a

realidade, as medidas concretas deste Governo chocam, clara e frontalmente, com o discurso que acabou de

fazer.

A dita equidade, a justa repartição de sacrifícios, todo este discurso de proteção dos mais carenciados e

dos reformados cai por terra, não passa de hipocrisia e demagogia, quando se analisam, claramente e em

concreto, as medidas do Governo.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Aliás, o CDS, mal chegou ao Governo, rapidamente se transformou, de

partido dos contribuintes, em partido do bombardeamento fiscal. Deixou de ser o partido da lavoura para ser o

partido da destruição do aparelho produtivo, deixou de ser o partido dos reformados para passar a ser o

partido da pobreza e do roubo aos trabalhadores.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — As recentes propostas do Governo, do Sr. Ministro, de cortes nos

subsídios de desemprego e de doença, no rendimento social de inserção, no complemento solidário para

idosos e até no subsídio por morte e nas despesas de funeral, demonstram uma insensibilidade, uma

insanidade social do CDS e do PSD.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Estas medidas, a serem concretizadas, irão promover um dramático

agravamento da pobreza extrema no nosso País.

Importa lembrar, Sr. Ministro, que o subsídio de desemprego e o subsídio de doença são direitos dos

trabalhadores. Os trabalhadores descontaram para ter proteção em momentos difíceis, como o desemprego

ou a doença.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente! Não é uma borla que o Sr. Ministro dá!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — O Governo, o CDS, não tem legitimidade para tirar aquilo que não é seu.

O Governo prepara-se para roubar aos desempregados e aos trabalhadores doentes e atacar os que já são

muito pobres e os idosos, com reformas de miséria.

Isto contrasta com todo o discurso que aqui teve.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Não há discurso que disfarce esta dura realidade que importa derrotar. E

não venha com a conversa do Plano de Emergência Social, dos 230 milhões que prometeu e de que apenas

entregou 2 milhões, isto é, 1%.

As cantinas sociais estão a abarrotar, a segurança social não paga o que deve e não há capacidade para

responder à avalanche de pedidos, à avalanche de novos pobres.

Hoje, graças ao PSD e ao CDS-PP, há cada vez mais crianças com fome, há cada vez mais famílias a

quem o dinheiro não chega para comprar aquilo que é absolutamente necessário. Esta é a responsabilidade e

a acusação que deixamos ao Sr. Ministro!

Aplausos do PCP.

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