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I SÉRIE — NÚMERO 18

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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Nada disso, nem o princípio da continuidade dos partidos, me causa

estranheza. E respondendo à curiosidade do Sr. Deputado Bernardino Soares, e pelo pouco que percebo de

barcos, uma coisa lhe posso garantir: a maioria dos portugueses já percebeu quem meteu água durante este

tempo todo, quem nos levou onde nos levou, quem nos conduziu onde nos conduziu.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Estar a reduzir a despesa estrutural do Estado em 4000 milhões de euros é uma tarefa para muitas

décadas, nomeadamente saber como o Estado pode ser suportado e como a sociedade o pode suportar. Por

isso, Sr. Deputado, não lhe parece no mínimo imprudente quem julga que algum dia, nos próximos tempos, ou

mesmo nos tempos mais longínquos, pode governar com verbos que têm sido aqui referidos, tais como

«repor», «restabelecer», «restaurar», «reintroduzir», «recuar»? Parece ser esta, infelizmente, a estratégia do

maior partido da oposição.

Quanto a este Orçamento do Estado, Sr. Deputado Luís Montenegro, concordaremos, certamente, que tem

uma fatura fiscal pesada, mas também concordaremos que há trabalho a fazer na especialidade.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Por isso, Sr. Deputado, o que gostaria de lhe perguntar, tendo em

conta o que foi dito, se considera que há ou não condições — estou certo que sim — para se fazer um

trabalho importante, de forma conjunta e articulada, entre o CDS e o PSD, no sentido de, obviamente,

mantendo a estrutura, mantendo a essência de um Orçamento que é de salvação nacional, um Orçamento em

que, infelizmente, perdemos a nossa soberania a todos os níveis, e também a nossa soberania orçamental, se

fazer um trabalho sério, sereno, com sentido de Estado, para que possamos apresentar propostas na

especialidade.

Eram estas as perguntas que gostaria de lhe deixar, felicitando-o, mais uma vez, pela sua intervenção.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, queria, desde logo, e em

primeiro lugar, agradecer as questões colocadas pelos Deputados Bernardino Soares e Nuno Magalhães.

Creio que a bancada do Partido Socialista não tinha dúvidas, pelo que o seu silêncio significa uma

concordância com o teor da minha intervenção.

Aplausos do PSD.

O Sr. João Galamba (PS): — Falta-nos é pachorra!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O Sr. Deputado Bernardino Soares não colocou diretamente questões,

mas abordou-as, pelo que creio que procurava algumas respostas. Vou, pois, responder-lhe diretamente.

Perguntou quem é que eu tinha em vista quando falei em «abandonar o barco». Olhe, tinha em vista

aqueles que nos trouxeram até esta situação, que negociaram e subscreveram o Memorando de

Entendimento do nosso programa de assistência financeira, que tem um prazo de implementação que está em

curso e que, à primeira dificuldade — não foi hoje, foi logo passados três meses após a assinatura —, já não

se reviam nele e queriam saltar fora daquela que é a sua responsabilidade.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

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