O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2 DE NOVEMBRO DE 2012

49

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Acabou-se a propaganda e o ilusionismo político: o CDS é

responsável pela situação em que está o País e pelas consequências desastrosas deste Orçamento.

Aplausos do PCP.

Neste debate, ficou bem claro que ao PSD, para defender o Orçamento, resta um, e só um, último

argumento: as responsabilidades passadas do PS na situação a que o País chegou. Não há mais nada,

nenhum argumento, nenhuma fundamentação para defender este Orçamento por parte do PSD.

São, aliás, muito curiosas as intervenções do PSD, que sistematicamente fazem referência àquilo a que

chamam a governação socialista desde 1995, sempre esquecendo Barroso, Santana e Portas. Acontece que o

PSD e o CDS foram, durante estes anos, os melhores amigos da governação do PS.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E não foi só pela viabilização do Orçamento para 2010, por estes dois

partidos, e do Orçamento para 2011 e dos PEC 1, 2 e 3 pelo PSD! Foi também assim de 1995 a 2001. Senão,

vejamos: Orçamento para 1996 — viabilizado pela abstenção do CDS e do PSD/Madeira; Orçamentos para

1997, 1998 e 1999 — viabilizados com a abstenção do PSD; Orçamento para 2000 — viabilizado pelo CDS;

Orçamento para 2001 — viabilizado pelo Deputado do CDS Daniel Campelo; Orçamento para 2002 —

viabilizado pelo Deputado independente Daniel Campelo, que, aliás, rapidamente voltou para o CDS, provando

que era tudo jogo combinado com o Dr. Paulo Portas, sendo hoje, até, Secretário de Estado do atual Governo.

Vozes do PCP: — Bem lembrado!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É isto que a realidade nos diz: o PSD e o CDS foram os melhores

ajudantes do PS nos anos em que este esteve no Governo e de que agora se queixam.

Já o PS vem agora apresentar propostas que há dias ou semanas rejeitou, quando apresentadas pelo PCP

(antes assim que ao contrário). Mas não basta falar do crescimento económico e do combate ao desemprego,

é preciso dizer se se defende ou não mais investimento público e aumento dos salários e das reformas para

fomentar o crescimento económico e o combate ao desemprego.

Mesmo que o PS não volte atrás, como já fez outras vezes, na recusa de uma nova e gravosa revisão

constitucional, que agora nega, o certo é que enquanto não rejeitar em definitivo o pacto de agressão que

assinou, que impede a política de que precisamos, enquanto estiver com um pé dentro e um pé fora, é

responsável pelo afundamento do País.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — A alternância sem alternativa que o PS propõe não serve ao País,

porque é a continuação dos 36 anos de política de direita e da aplicação do pacto de agressão que o PS

assinou com a troica.

Sabemos bem que a bancada do Partido Socialista fica muito incomodada quando a criticamos; acha-se no

direito de não ser criticada e quer que critiquemos exclusivamente o PSD e o CDS. Ficar à espera que o

Governo vá andando com o seu caminho de destruição para que lhe caia depois o poder no regaço pode ser

uma boa tática para o PS, mas é um contributo objetivo para a destruição ainda maior do País, que é o que

acontecerá se este Governo prosseguir até 2015, como o PS deseja, a sua política de terra queimada.

Um partido responsável, como o PS repetidamente afirma ser, não é aquele que permite que o País

continue a caminhar para o caos, porque do caos nunca vêm soluções. Um partido responsável é aquele que

tudo faz para interromper esse caminho para o desastre, e esse é o compromisso do Partido Comunista

Português.

Aplausos do PCP.

Páginas Relacionadas
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 19 54 O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — … e de
Pág.Página 54
Página 0055:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 55 avaliar como evoluiu o País, após quase um ano e meio dest
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 19 56 perspetivas para os juros do financiamento, a
Pág.Página 56
Página 0057:
2 DE NOVEMBRO DE 2012 57 impossível de cumprir, porque assentou, desde o primeiro d
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 19 58 ainda mais o contrato em que os portugueses vo
Pág.Página 58