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I SÉRIE — NÚMERO 22

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pensões de 7000, de 8000 e de 9000 €, as grandes prejudicadas daquilo que o PCP e o Bloco de Esquerda

aqui hoje trazem.

Fazer escolhas é dizer que, se temos de resolver 50% dos contratados na função pública, ao mesmo

tempo fizemos concursos para contratar auxiliares nas escolas…

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Já lá estavam!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Se a Sr.ª Deputada Rita Rato não quer que os auxiliares sejam

contratados para as escolas, diga-o, Sr.ª Deputada, porque percebemos bem a quem beneficia a guerra entre

classes, mas quem contratou auxiliares para as escolas foi este Governo, quem abriu concurso nas forças e

serviços de segurança foi este Governo, quem está a negociar uma entrada extraordinária nos quadros da

função pública dos professores é esta maioria.

É verdade que a decisão do Tribunal Constitucional obrigou a que o caminho que foi lançado no anterior

Orçamento do Estado tivesse, agora, que ter uma carga superior à que desejaríamos do lado dos impostos, do

lados das receitas do Estado, mas isso não quer dizer que não haja uma alternativa…

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Pois, há!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — É verdade que há e aqui já alguém o disse. Não há inevitabilidades,

Sr.ª Deputada! Há uma alternativa! Há a alternativa de dizermos lá fora que somos incapazes de pagar a

nossa dívida…

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Não é nada disso!

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — … que «zeramos» a nossa dívida, e dizemos aos credores: «olhe,

aquilo que tínhamos acordado, não vamos pagar». Depois, para o ano, íamos pedir-lhes que nos voltassem a

emprestar…

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Mas é que para o ano vão mesmo pedir mais! Ai vão, vão!…

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Esse caminho é, Sr.ª Deputada, um caminho alternativo, mas é um

caminho com o qual, em rigor, nós não podemos concordar.

Nesse sentido, no sentido de que é preciso assumir escolhas, assumir posições e tomar medidas, as

avocações que aqui hoje foram pedidas terão, da nossa parte, o mesmo voto que tiveram ontem durante a

reunião da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na inteira necessidade de

percebermos que estas escolhas são duras para os portugueses mas, neste momento, são as que o País

pode suportar.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Sá.

O Sr. Nuno Sá (PS): — Sr.ª Presidente, queria dizer ao Sr. Secretário de Estado que não tem nenhuma

moral para dizer o que aqui disse, porque quem impôs o corte nas deduções fiscais no Orçamento do Estado

para 2011 e quem também votou o congelamento das pensões mínimas em 2011 foram os Deputados do

PSD, foram os membros do PSD.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso é que é verdade! Foram os dois partidos que votaram com o PS!

O Sr. Nuno Sá (PS): — Portanto, sobre isso estamos entendidos e o senhor não tem nenhuma moral para

dizer o que aqui disse.

O mesmo se aplica ao Sr. Deputado da bancada do CDS, que aqui chorou lágrimas de crocodilo…

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