O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 24

50

O saldo conjunto da balança corrente e de capital, que indica as necessidades líquidas de financiamento

externo da economia, deverá ser positivo já em 2013. No Programa inicial, admitia-se a persistência de um

défice da balança corrente e de capital significativo até ao final do horizonte considerado, que era 2016.

Estamos a inverter a situação crónica de necessidade de financiamento e a passar para uma situação de

capacidade de financiamento necessária para a diminuição do endividamento externo.

A melhoria da situação financeira geral e da capacidade de financiamento do sistema bancário perspetivam

uma melhoria das condições de financiamento do setor privado. Para isso deverá também contribuir a

evolução a nível europeu. Em particular, é urgente que, na área do euro, empresas com as mesmas

características de risco e potencial de negócio tenham acesso ao crédito em condições semelhantes.

Dado que referi o contexto da Europa, quero sublinhar a importância da reunião do Eurogrupo, ontem e na

madrugada de hoje. O Eurogrupo conseguiu um acordo político envolvendo o Fundo Monetário Internacional

para desbloquear o financiamento à Grécia. Este acordo limita os riscos para a Grécia e para a área do euro.

A tomada de decisões muito difíceis pelas autoridades gregas e o apoio europeu oferecem a promessa de

quebra de uma tradição de fraca capacidade de execução do Programa e das suas medidas. Portugal e a

Irlanda, países de Programa, serão, de acordo com o princípio da igualdade de tratamento adotado na cimeira

da área do euro em julho de 2011, beneficiados pelas condições abertas no quadro do mecanismo europeu de

estabilidade financeira.

O progresso de Portugal e da Irlanda — quero sublinhá-lo — foi importante para a avaliação positiva das

perspetivas de ajustamento da área do euro. A evolução das taxas de juro, depois do anúncio do Eurogrupo,

testemunha o interesse vital de Portugal na estabilidade sistémica da área do euro.

As condições de financiamento do Tesouro registaram, assim, uma melhoria significativa. As taxas de

rendibilidade das obrigações do Tesouro encontram-se em níveis de fevereiro/março de 2011. São também já

vários os exemplos de grandes empresas e até de um dos nossos principais bancos que conseguiram emitir

obrigações de médio prazo. Esta situação reflete a acumulação de credibilidade e confiança junto dos

investidores internacionais graças aos progressos alcançados na execução do Programa de ajustamento de

Portugal.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Fizemos também progressos muito significativos ao nível da consolidação orçamental. No final de 2012, o

défice estrutural primário terá diminuído cerca de seis pontos percentuais face a 2010. Este resultado será

conseguido com um esforço considerável do lado da despesa.

A despesa pública total irá cair de 51,2% do PIB em 2010 para 45,6% em 2012. Se excluirmos os juros, a

despesa pública cairá de 48% do PIB em 2010 para 41% em 2012.

Fizemos importantes avanços nas várias dimensões da nossa agenda de transformação estrutural.

Executámos reformas para melhorar o funcionamento do mercado de trabalho e abrir possibilidades de

emprego para os mais jovens.

Reduzimos as rendas nos setores protegidos da concorrência, introduzimos importantes reformas ao nível

da justiça, estamos a trabalhar na simplificação dos procedimentos de licenciamento empresarial. No âmbito

das reformas do Estado, estamos a reestruturar as empresas públicas. Em 2012, será alcançado o objetivo de

equilíbrio operacional para o setor como um todo. Temos em curso uma alteração substancial nas regras e

procedimentos orçamentais. Neste contexto, iremos submeter, até ao final de 2012, três novas propostas de

lei no âmbito das finanças locais, das finanças regionais e do enquadramento orçamental.

A estratégia prevista no Programa de Ajustamento responde aos problemas do País. O Programa incorpora

uma estratégia completa e equilibrada de ajustamento, que permite eliminar os desequilíbrios

macroeconómicos e os bloqueios estruturais que pesaram sobre Portugal durante mais de uma década. O

cumprimento do Programa permite também assegurar o financiamento do Estado e lançar os alicerces do

crédito público.

De acordo com as previsões do Ministério das Finanças, em 2014 teremos um crescimento real do PIB de

0,8%. As estimativas atuais apontam para uma recuperação da procura interna, tanto ao nível do consumo

privado como do investimento.

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 24 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Membr
Pág.Página 2
Página 0003:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 3 Deixarei uma nota final: ainda estamos no início, ainda «a
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 24 4 Aplausos do BE. A Sr.ª Presidente
Pág.Página 4
Página 0005:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 5 Aquilo que está apresentado na proposta do Bloco de Esquer
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 24 6 O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Sr.ª P
Pág.Página 6
Página 0007:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 7 O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Não ouviu nada! <
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 24 8 Há, inclusive, uma outra alteração, que se cham
Pág.Página 8
Página 0009:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 9 Este Orçamento vai ser aqui aprovado por esta maioria, sem
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 24 10 Sr.as e Srs. Deputados, apresentamos um
Pág.Página 10
Página 0011:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 11 alguma responsabilidade nesta matéria e vote a favor da p
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 24 12 Mas, Srs. Deputados, o Grupo Parlamentar do PS
Pág.Página 12
Página 0013:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 13 A Sr.ª Hortense Martins (PS): — As perguntas são f
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 24 14 Portanto, Srs. Deputados, a nossa postura…
Pág.Página 14
Página 0015:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 15 estudo que prevê o encerramento de 40 000 empresas, a per
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 24 16 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito
Pág.Página 16
Página 0017:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 17 O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Então, fechem-se
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 24 18 O Sr. Secretário de Estado do Orçamento (Luís
Pág.Página 18
Página 0019:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 19 O Sr. Honório Novo (PCP): — Onde está a declaração de vot
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 24 20 Artigo 141.º Redução de encargos nas pa
Pág.Página 20
Página 0021:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 21 frequentam os respetivos estabelecimentos de ensino.
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 24 22 A Sr.ª Presidente: — Faça favor, Sr. Deputado.
Pág.Página 22
Página 0023:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 23 A Sr.ª Presidente: — Passamos à votação da propost
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 24 24 Submetida à votação, foi rejeitada, com votos
Pág.Página 24
Página 0025:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 25 Era a seguinte: 13 — As deliberações da Ass
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 24 26 11 — (Anterior n.º 10).» A Sr.ª
Pág.Página 26
Página 0027:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 27 a) É reduzida a 15% a taxa de IRC, prevista no n.º 1 do a
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 24 28 Submetida à votação, foi rejeitada, com votos
Pág.Página 28
Página 0029:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 29 dever e, desde já, o compromisso de que dará um contribut
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 24 30 banca consegue a 0,75% e que, depois, nos vend
Pág.Página 30
Página 0031:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 31 Não é também o Orçamento do Estado para 2013, porque é o
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 24 32 propósito de modernização das funções do Estad
Pág.Página 32
Página 0033:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 33 Tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe. <
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 24 34 não há malabarismos nem truques de ilusionismo
Pág.Página 34
Página 0035:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 35 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Um escândalo!
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 24 36 a liquidar o Estado social de direito que a no
Pág.Página 36
Página 0037:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 37 Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem! O Sr
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 24 38 Aplausos do CDS-PP e do PSD. É m
Pág.Página 38
Página 0039:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 39 O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Temos consciência da pena
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 24 40 O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Fá-lo-e
Pág.Página 40
Página 0041:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 41 impostos! Por melhor que seja a propaganda oficial, este
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 24 42 Os apelos ao consenso por parte do Governo não
Pág.Página 42
Página 0043:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 43 Sr.as e Srs. Deputados: O Primeiro-Ministro vai te
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 24 44 Este é um momento de escolhas profundas e de e
Pág.Página 44
Página 0045:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 45 Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 24 46 Mas a marca reformista que pomos no cresciment
Pág.Página 46
Página 0047:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 47 estava diante dos nossos olhos, ou pensámos que tudo se r
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 24 48 Chegados a um imenso peso fiscal, conquistada
Pág.Página 48
Página 0049:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 49 Há um País velho que acredita que pode viver na ilusão e
Pág.Página 49
Página 0051:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 51 O crescimento das exportações deverá também aumentar em r
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 24 52 A mobilidade social, cujos índices se deterior
Pág.Página 52
Página 0053:
28 DE NOVEMBRO DE 2012 53 Ninguém perde o rumo quando tem os instrumentos de navega
Pág.Página 53