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I SÉRIE — NÚMERO 28

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Ora, para que fique claro, gostaria que o Sr. Deputado dissesse ao País que defende mais tempo para o

nosso programa…

Vozes do CDS-PP: — Exatamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e que, portanto, o que o Sr. Deputado quer é estender o período de duração do programa português.

Dado que nós estamos com um financiamento oficial, ter mais tempo, Sr. Deputado, significa pedir mais

dinheiro. Ora, pedir mais dinheiro, nos termos do atual programa, que o Partido Socialista negociou quando

estava no Governo, é ter um segundo programa e, portanto, ter mais dívida. E ter mais dívida, Sr. Deputado, é

ter mais tempo para pagar mais juros por mais empréstimos que se vão obter.

Portanto, o que o Partido Socialista quer, quando diz «mais tempo», no fundo, é dizer que quer que

Portugal tenha um segundo resgate. E isso, Sr. Deputado, eu não quero!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, ficou claro da sua intervenção que o senhor, ao contrário do seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, não defende mais tempo.

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Não é verdade!

O Sr. António José Seguro (PS): — Está no seu direito. Mas o que o País precisa é de ter um Governo que fale a uma voz e não um Governo que fale a duas vozes em relação a uma matéria tão importante.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — O Sr. Primeiro-Ministro, a seguir à penúltima reunião do Eurogrupo, disse que as novas condições de financiamento da Grécia se aplicam parcialmente a Portugal.

Quero saber o que quis dizer com «aplicam-se parcialmente», isto é, quais são as condições de que a

Grécia vai beneficiar que se aplicam parcialmente a Portugal, e quando.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, não insista no caminho da intriga. Não vale a pena!

O Sr. Deputado deve dar outra nobreza a estes debates. No Governo, ninguém fala a duas vozes.

Risos do PS.

No Governo, há uma posição clara: nós cumpriremos o programa que os senhores negociaram, até

meados de 2014. Não queremos um segundo resgate para Portugal e faremos tudo o que está ao nosso

alcance para o evitar.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não há ninguém no Governo que não esteja imbuído exatamente deste objetivo.

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