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I SÉRIE — NÚMERO 28

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Vozes do PSD: — Nós?!

O Sr. António José Seguro (PS): — … e se, pelo menos, tivesse havido uma diminuição de um ponto percentual nesses juros, Portugal poderia poupar, no próximo ano, cerca de 700 milhões de euros.

O Sr. Primeiro-Ministro está sempre a fugir para o passado, mas o que os portugueses lhe exigem é que

seja capaz de dar melhor futuro aos portugueses. E só quem não tem resultados para apresentar no presente

é que foge sempre para o passado!

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — O Sr. Primeiro-Ministro conseguiu, outra vez, esgotar o seu tempo não dando a explicação que os portugueses lhe exigem. Não é capaz de explicar aos portugueses o que

falhou na sua receita…

Vozes do PS: — Tudo!

O Sr. António José Seguro (PS): — … e o País fica a saber, mais uma vez, que tem um Primeiro-Ministro que exige pesados sacrifícios aos portugueses, mas que lhes vira as costas quando é obrigado a dar uma

explicação sobre aquilo que falhou.

Tenha essa coragem, Sr. Primeiro-Ministro, os portugueses merecem melhor respeito!

Aplausos do PS.

O Sr. Primeiro-Ministro falou do passado e eu quero regressar a novembro de 2008.

Em novembro de 2008, por iniciativa do PSD da Madeira, através da Assembleia Legislativa Regional, foi

discutida aqui a proposta de lei n.º 239/X. Sabe o que é que propunha, Sr. Primeiro-Ministro? Propunha que o

Estado português, no seu conjunto, pagasse metade dos juros de empréstimos à habitação de todos aqueles

que, nesse caso, tinham empréstimos contraídos aos bancos.

O Governo de então dizia, segundo um cálculo, que tal poderia ascender a um custo para o Estado de

3000 milhões de euros — 3000 milhões de euros! Tratou-se de uma iniciativa do PSD da Madeira. Sabe qual

foi a postura do PSD, aqui, no Parlamento? Foi a de defender e votar a favor desta proposta.

O Sr. António Braga (PS): — Exatamente!

O Sr. António José Seguro (PS): — Quando o senhor vier falar em dívida, recordar-lhe-ei esta e outras iniciativas, porque isto fala pela sua responsabilidade!

Aplausos do PS.

Também lhe falo do presente.

O Sr. Primeiro-Ministro prometeu, para este ano, uma dívida de quanto? De 113%. E qual é a dívida que

vamos ter no final deste ano? Não é de 114%, nem115%, nem 116%, nem de 117%. Vai ser de 119%!

O que fica como uma nódoa sua (e do seu Governo) é que exige pesados sacrifícios aos portugueses, não

consegue atingir o défice que prometeu, aumenta a dívida, faz com que a economia caia e o desemprego é o

maior de sempre. Esta é a sua nódoa, que ficará para sempre associada ao seu currículo político como

Primeiro-Ministro neste País!

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Uma vez que o Sr. Primeiro-Ministro já não dispõe de tempo para responder, tem agora a palavra, para formular perguntas, o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

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