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I SÉRIE — NÚMERO 28

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Portanto, Sr. Deputado, uma parte desse resultado é também um resultado da Guarda Nacional

Republicana, que hoje quero aqui também, como o Sr. Deputado, elogiar.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Em nome do Bloco de Esquerda, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo para formular as perguntas.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, pretendia começar por lhe pedir que explicasse como é que, em 28 de novembro, numa entrevista que deu à TVI, quando abordava o princípio da

igualdade de tratamento nas condições de pagamento do empréstimo entre Estados-membros da União

Europeia, aquilo que considerava «um alívio» — estou a usar as suas palavras —, 5 dias depois, em Cabo

Verde, era por si considerada uma ansiedade que era necessário evitar.

Era isso que queria que nos explicasse.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, a mesma entrevista que o Sr. Deputado aqui citou mereceu, por parte dos entrevistadores, sobre esta matéria em particular, observações deste género: «O Sr. Primeiro-

Ministro está a desvalorizar a importância dessas condições que foram oferecidas à Grécia?»; «O Sr. Primeiro-

Ministro acha que elas não têm uma grande importância para Portugal?». E eu, nessa entrevista, quis

justamente dar uma noção realista da importância que essas medidas tinham, porque no espaço público, e

naquele próprio dia, órgãos de comunicação social, quer da imprensa, quer da rádio, estavam a sugerir um

impacto para Portugal absolutamente desproporcionado face àquilo que estava em jogo.

Portanto, Sr. Deputado, tanto em Cabo Verde, como nessa entrevista, dei uma dimensão realista daquilo

que poderia ser a consequência para Portugal daquelas três medidas que se inserem no âmbito do Fundo

Europeu de Estabilidade Financeira, que, à luz do princípio da igualdade de tratamento, se podem aplicar a

Portugal.

Já aqui fiz referência a essa matéria e o meu discurso não mudou, Sr. Deputado.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem, de novo, a palavra o Sr. Deputado João Semedo.

O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, lamento ter de reconhecer que não respondeu ao que lhe perguntei. Registo, no entanto, como positivo que não invocou o mesmo tipo de

argumentos do Sr. Junker. Também era difícil fazer-nos acreditar que a entrevista na TVI tinha sido feita num

canto escuro ou que estava muito barulho e que isso tinha perturbado o seu raciocínio. Mas insisto na

pergunta: como é que o Sr. Primeiro-Ministro, no dia 28 de novembro, defende um princípio de igualdade de

tratamento e, no dia 3 de dezembro, 5 dias depois — e uso as suas próprias palavras —, afirmava: «Nós não

reclamamos para Portugal um tratamento igual»? É isso que o senhor tem de nos explicar.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, há uma diferença muito grande entre querer saber a opinião do Governo e querer, deliberadamente, trazer confusão para a opinião pública sobre aquilo que é dito.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

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