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I SÉRIE — NÚMERO 28

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de Sena, Luísa Dacosta ou Fernando J. B. Martinho foi inspiração para muitos dos poetas ulteriores e de hoje

e dava corpo a «uma poesia fluente e rica de ressonâncias do humanismo integral das massas.»

Papiniano Carlos não se devotou apenas à sua própria escrita. A vivência moçambicana (nasceu em 1918

na atual Maputo, antiga Lourenço Marques) deixou raízes e atraiu-o de novo ao continente africano. Em 1958,

contacta artistas, jornalistas e escritores de Angola e Moçambique, entrevistando-os e recolhendo material a

que dará divulgação em publicações diversas, como o Jornal de Notícias, o República, a Seara Nova, a

Bandarra e os cadernos Notícias do Bloqueio.

Por todo o seu percurso de vida lhe foi atribuída a Medalha de Ouro da Cidade do Porto.

Para além, e indissociável da sua atividade literária, Papiniano Carlos desempenhou uma intensa atividade

de combate à ditadura, tomando parte ativa nos diversos movimentos de oposição e militando no Partido

Comunista Português desde 1949 — atividade essa que lhe valeu perseguições e diversas prisões nos

calabouços da polícia política.

As artes poéticas, a cultura e a democracia em Portugal tiveram em Papiniano Carlos um importante

obreiro e na ocasião do seu desaparecimento, a 5 de dezembro de 2012, a Assembleia da República expressa

à sua família e ao Partido Comunista Português sentidas condolências.»

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar à votação do voto n.º 91/XII (2.ª), que acabou de ser lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

A Mesa dirige também aos familiares presentes o seu sentido de condolências.

Pedia aos Srs. Deputados que guardassem connosco 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Durante o tempo em que guardámos silêncio, deve ter havido um problema qualquer porque houve barulho

na Sala. Peço aos Srs. Jornalistas a maior atenção nestas circunstâncias.

Aplausos do PSD, do PS, do CDS-PP e de Deputados do PCP.

Srs. Deputados, vamos continuar os trabalhos, desta vez com a apreciação conjunta dos votos n.os

85/XII

(2.ª) — De congratulação pela admissão da Palestina como Estado Observador das Nações Unidas (BE),

86/XII (2.ª) — De congratulação pelo reconhecimento da Palestina como Estado Observador Não-Membro das

Nações Unidas (PS), 88/XII (2.ª) — De congratulação pelo reconhecimento à Palestina do Estatuto de Estado

Observador das Nações Unidas (PSD e CDS-PP), 92/XII (2.ª) — De congratulação pela admissão da Palestina

como Estado Observador das Nações Unidas (PCP) e 93/XII (2.ª) — De congratulação pelo reconhecimento

da Palestina como Estado Observador Não-Membro da Organização das Nações Unidas (Os Verdes).

Sendo uma temática comum, por consenso entre os grupos parlamentares, abre-se agora um debate em

que cada grupo parlamentar dispõe de 2 minutos.

Vou indicar ao Plenário as inscrições que já existem: da Sr.ª Deputada Helena Pinto (BE); do Sr. Deputado

Nuno Magalhães (CDS-PP); do Sr. Deputado José Luís Ferreira (Os Verdes); do Sr. Deputado António Filipe

(PCP); da Sr.ª Deputada Maria de Belém Roseira (PS); e da Sr.ª Deputada Mónica Ferro (PSD).

Sr.ª Deputada Helena Pinto, tem a palavra.

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados e Sr.as Deputadas: A admissão da Palestina como Estado Observador das Nações Unidas foi um passo muito positivo e reveste-se de grande significado

no caminho que tem sido demasiado longo para o povo palestiniano. Um caminho de sofrimento, mas um

caminho de resistência e de dignidade coletiva do povo palestiniano.

Portugal esteve do lado certo, em conjunto com a esmagadora maioria dos países, tornando esta decisão

da ONU absolutamente inequívoca e histórica.

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