O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

10 DE DEZEMBRO DE 2012

7

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Quero, quero!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Muito bem, Sr. Deputado.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Terminarei, Sr.ª Presidente. Portanto, Sr. Deputado, para que fique registado, todo o programa que iremos discriminar de cortes

permanentes de 4000 milhões de euros na despesa do Estado, que incluirá, evidentemente, também despesa

social, não deixará de cumprir a Constituição. Não apresentei nenhuma medida em concreto e não vou

especular sobre nenhuma outra, mesmo que o Sr. Deputado me queira atribuir as intenções que entender,

coisa que, aliás, vem sendo cada vez mais habitual, mas deplorável.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Pedia aos oradores o máximo de respeito pelo tempo de intervenção de que dispõem. Hoje temos dois debates, por isso a Mesa está mais atenta aos tempos.

Para formular perguntas, tem agora a palavra o Sr. Deputado Luís Montenegro, do PSD.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, de facto, temos hoje em Portugal uma situação muito delicada. Todos a conhecemos, todos sabemos que temos de reequilibrar as nossas

contas públicas, de proceder à reforma estrutural do País e, simultaneamente, de relançar a nossa economia,

captar investimento e criar emprego. Isso pressupõe, antes de mais, que tenhamos total liberdade na definição

das nossas políticas económicas e financeiras e pressupõe, também, que é imperioso recuperarmos o mais

rápido que for possível a nossa soberania plena nesta matéria.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Trata-se, efetivamente, de uma missão complexa, difícil, mas também de uma missão patriótica que, nesta maioria e no Governo, temos cumprido.

É evidente, Sr. Primeiro-Ministro, que um desafio destes tenha imposto, face às circunstâncias, a

necessidade de termos políticas de grande rigor e também políticas de austeridade. E, sempre que há políticas

de rigor e políticas de austeridade, abre-se também o campo para que alguns dos intervenientes políticos

caminhem no sentido de navegar com a demagogia, com o populismo e, às vezes, com o radicalismo. É

próprio, quando há austeridade há sempre campo aberto para que alguns resvalem para a demagogia e para

o populismo.

De resto, é isso que tem acontecido muito no discurso da oposição. Não resistem à crítica fácil, tudo é mau,

todas as soluções são prejudiciais para as pessoas, mas a verdade é que ninguém, nem o maior partido da

oposição, apresenta soluções construtivas…

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … que possam melhorar e solucionar os problemas que temos pela frente.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, a primeira questão que queria colocar diz respeito às diferenças e às

semelhanças que Portugal tem com os outros países que estão sob assistência financeira no âmbito europeu.

É, de facto, muito fácil proclamar: mais tempo, mais dinheiro e menos juros. Esta tem sido a proclamação

principal do maior partido da oposição. É fácil e, às vezes, até consideramos que possa ser, no imediato, o

mais popular. Mas, Sr. Primeiro-Ministro, isto não sério! E não é sério porquê? Não é sério porque defender

Páginas Relacionadas
Página 0051:
10 DE DEZEMBRO DE 2012 51 De facto, dia após dia, há mais de 60 anos, o povo palest
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 28 52 O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Preside
Pág.Página 52