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I SÉRIE — NÚMERO 28

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mais tempo, mais dinheiro e menos juros pressupõe que se seja consequente e que se diga ao País que isso

também significa defender mais austeridade, um período mais prolongado de assistência financeira e uma

inevitabilidade, a de recuperarmos mais tarde a soberania a que há pouco aludia.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Tem de se ser consequente: quem defende este caminho tem de dizer ao País que defende um segundo resgate…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … e que, desse ponto de vista, quando o faz, está decididamente a querer encontrar semelhanças entre Portugal e a Grécia.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Acaso, como sustenta o Sr. Deputado António José Seguro, há mais de um ano, como gosta também de dizer, com grande pompa e circunstância,…

Protestos do Deputado do PS Carlos Zorrinho.

… tivéssemos percorrido esse objetivo de termos mais tempo e mais dinheiro e, portanto, termos um

segundo resgate, nós estávamos efetivamente hoje, de facto, como está a Grécia.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, com um novo resgate, com este caminho preconizado pelo Partido Socialista, estaríamos a penalizar ainda mais os cidadãos portugueses e a prejudicar

o interesse nacional. Por isso, a questão que coloco é se vale a pena ou não, neste particular, continuarmos a

manter as diferenças que temos relativamente à situação grega.

É evidente que essas diferenças não devem prejudicar Portugal naquilo em que a situação possa

assemelhar-se, nomeadamente no que concerne ao facto de ambos os países estarem a utilizar os

instrumentos financeiros de estabilização da União Europeia.

Portanto, desse ponto de vista, todos nós devemos preconizar ter para Portugal as melhores condições —

isso é, naturalmente, uma evidência —, e foi isso que aconteceu até hoje. Quando se defende o tal mais

tempo, mais dinheiro e menos juros, esquece-se que, precisamente face ao princípio da igualdade de

tratamento que o Governo português colocou em cima da mesa na Cimeira de julho de 2011, já foi possível

poupar a Portugal, nos empréstimos do financiamento a que estamos sujeitos, 800 milhões de euros!

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É preciso dizer ao País que há, de facto, uma linha que separa os juros socialistas que faziam parte do Memorando de Entendimento negociado inicialmente dos juros que agora

Portugal está a pagar.

Vozes do PSD: — Muito bem!

Protestos do PS.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Há uma linha que separa, e essa linha é uma linha de 800 milhões de euros, que o Partido Socialista não tem a hombridade de reconhecer aqui, Sr. Primeiro-Ministro!

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