O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 34

22

decisão que foi adotada, em termos europeus, de viabilizar um novo programa de ajuda à Grécia permita,

finalmente, à Grécia vencer as suas dificuldades.

Felizmente, Sr.ª Deputada, não estamos a seguir esse caminho e estamos a fazer a recuperação. A

previsão que existe, para 2014, entre todas as instituições que fazem previsões económicas, é a de que

Portugal voltará ao crescimento, e isso é para mim, o mais importante.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, que ainda dispõe de tempo de

intervenção.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, há um equívoco que, de

facto, demonstra o afastamento do Governo português da realidade: é justamente este programa que o

Governo quer a todo o custo concretizar que está a arrastar-nos para estes níveis de recessão, para este

prolongamento da recessão e, consequentemente, para o prolongamento e o agravamento do desemprego. É,

sim, Sr. Primeiro-Ministro!

O Sr. Primeiro-Ministro disse na Assembleia da República, há uns tempos atrás — veja se se lembra, por

favor —, que 2012 era o ano da viragem e que 2013 era o ano da retoma, do crescimento, o ano em que tudo

ia correr bem. Está a dizer que não, Sr. Primeiro-Ministro? O que vale é que está tudo gravado! Este Governo

tem a suprema «lata» de dizer uma coisa num dia e no dia a seguir dizer não que errou mas, sim, que não

disse. Não pode ser, Sr. Primeiro-Ministro! Têm de assumir aquilo que dizem!

O que é que vai acontecer? O Orçamento do Estado para 2013 é extraordinariamente claro e mostra que o

Governo não tinha razão absolutamente nenhuma, que falhou em tudo o que havia para falhar. Ou seja, 2012

não foi ano de viragem e 2013 vai ser pior do que 2012.

Se o desemprego é uma chaga assim tão grande, então, Sr. Primeiro-Ministro, qual é a política de combate

ao desemprego do Governo? Emigração? Despedimento na função pública? Despedir mais professores? O

desemprego jovem já ultrapassa os 39% e as previsões da OCDE — não sei se as tem ouvido, Sr. Primeiro-

Ministro — dizem que, com a recessão prevista para 2013, no próximo ano será provavelmente o dobro do

que o Governo prevê, portanto, chega a níveis absolutamente insustentáveis.

O Sr. Primeiro-Ministro não falou da questão das reformas e já não dispõe de tempo para responder à

pergunta que quero colocar-lhe, mas pode ser que no decurso do debate tenha oportunidade para o fazer. Ou

seja, o Sr. Primeiro-Ministro vem a esta Câmara, de «peito cheio», dizer que 87% dos nossos reformados não

foram tocados por medidas de austeridade. Mentira. Mentira, Sr. Primeiro-Ministro! Essas pessoas são as que

mais sofrem, por exemplo, com o aumento das taxas moderadoras,…

Vozes do CDS-PP: — Estão isentas, Sr.ª Deputada!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — … com o aumento do IVA. Não são tocadas, Sr. Primeiro-

Ministro?! São, e muito!

Mas já que o Sr. Primeiro-Ministro vem, de «peito cheio», dizer que 87% dos reformados não serão

tocados, diga porquê. Porque têm reformas baixíssimas, de miséria! Então, urge perguntar o que é que o Sr.

Primeiro-Ministro faz para o aumento dessas reformas e para que essas pessoas possam ter dignidade nos

seus rendimentos. Nada! Absolutamente nada, Sr. Primeiro-Ministro! Com os níveis de pobreza o Sr. Primeiro-

Ministro não se importa; com a dita classe média tem um objetivo: empobrecê-la, alargar a bolsa de pobreza.

Este Governo é uma absoluta nódoa no País!

A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães, do CDS-PP.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, acompanhamos, naturalmente,

tanto o balanço que aqui fez em relação à política europeia e aos caminhos que devemos percorrer em

conjunto, de maior responsabilidade, de maior coordenação e também de crescimento, como o balanço que

fez em relação à política nacional, às reformas estruturais que têm de ser feitas e quanto ao facto de 80% das

Páginas Relacionadas
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 34 34 Vamos proceder à votação do projeto de lei n.º
Pág.Página 34